Ecoa, na sequidão do ar,
o motim rouco do trovão!
Voltam,
favoráveis chuvas,
anuviadas
de presságios
depondo
a longa espera.
Redimirá
o pecado ósseo
de desilusão pétrea
irrigando a solidão
de longínquas eras
na calha seca do Poti?
Troveja luz, som
e sobressalto no sertão
de intolerável sede,
de saciar mirrado
no eterno aguardar.
A estridente disritmia
é como sermão que ressoa:
-Oh, Filho do
desprezo
obstinado em confiar!
- Brrrr booom! Boooooom
-Oh, teimosia que não
aprende
a conviver, em harmonia, com
a estúpida agonia de vida
e morte!
- Brrrr booom! Boooooom
-Oh, ser pertinaz que crer
na força bruta e na
essência do som
rimbobante, e prossegue a
exaltar
ao brado áspero do trovão
como se sublima ao
Glorioso Pai!
- Brrrr booom! Boooooom
Raimundo Cândido
Zacharias Bezerra de Oliveira disse...
Trovejar é muito melhor que alvejar
no sentido em que este mata
e aquele alça e realça a mata
proporcionando o seu verdejar!
no sentido em que este mata
e aquele alça e realça a mata
proporcionando o seu verdejar!
Trovejar é muito melhor que alvejar
ResponderExcluirno sentido em que este mata
e aquele alça e realça a mata
proporcionando o seu verdejar!