Elias de França
Não, não me olhem assim
com os olhos de dores e indagações
Não tenho mais palavras
Nada mais direi
de pranto, pesar e culpa...
Até as flores já cheiram à parafina
e as brisas, antes doces, cantam incelências.
O verso não cura nem alivia: engana(dor)!
Cantar a morte é matar o instante
Câncer, tragédia, homicídio, suicídio...
Rezas, epitáfios, cartões pósteros...
Como um pássaro, um cão, um rei...
tudo é simples e terrivelmente morte:
inexplicável, feio, irremediável.
Não me olhem assim
Não me queiram nem tentem me dar palavras
Apenas carreguemos, vivos,
as pesadas cargas de saudades!
Raimundo Candido disse...
Como um Messias ou incomum profeta, os poetas (Elias!) transportam as dores do mundo, mas como extraordinários magos ou bruxos as transmutam em pura alegria para o espanto dos olhos daqueles que ainda aprendem a enxergar poeisa ( Eu!).
Raimundo Candido disse...
Como um Messias ou incomum profeta, os poetas (Elias!) transportam as dores do mundo, mas como extraordinários magos ou bruxos as transmutam em pura alegria para o espanto dos olhos daqueles que ainda aprendem a enxergar poeisa ( Eu!).
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