terça-feira, 7 de agosto de 2012

S. Vicente e Sr. Pierre.


                                                                    (Jose Maria Bonfim Moraes)

Julho sempre foi o adorável mês para nós. Sem aulas. O mês de auroras mansas. De sol brando. De madrugada terna. Como era gostoso o mês de julho em Crateús. Porem um fato me marcou para sempre: a festa de S. Vicente de Paulo. A igrejinha de uma só torre, eu a descortinava da Praça da Estação. Construída com a dedicação e economias do Sr. Antonio Pierre Rocha de Aguiar, a cada julho realizava sua concorrida festa. Não sei porque,  em julho, quando a festa do santo é no mês de setembro. Hoje quanto de imenso era manter esta bela tradição. Vicente nasceu em Pouy, uma vila de Paris em 21.04.1581, falecendo em Paris em 27.09.1660. Foi presbítero aos 19 anos. Partiu para Marselha em busca de uma grande herança que herdou de uma rica viúva. Ele já se pungia pela pobreza. Na sua viagem de volta, sua embarcação foi assaltada, foi feito prisioneiro e mandado para Tunis. Foi feito escravo e martirizava-se nas terríveis galés. As galés cantadas em Navio Negreiro de Castro Alves. Retornou para Paris, como escravo. Foi livre. A sua piedade e a sua ternura pelos pobres encantou o Rei Henrique IV, que o fez capelão da rainha de Valois, Rainha Margot. Vendo a sua extremosa dedicação aos pobres, deu-lhe o Ministério da Caridade. Monsieur Vincent recebia mais verbas que o Ministério das Finanças. Enfrentou a oposição dos cardeais Mezarino e Richellieu, pela sua luta pelos pobres. Chegava a distribuir 2.500 refeições por dia. A sua vida de carisma e dedicação, o fez capelão da França. Em 1625 criou os Lazaristas ou Vicentinos, pregadores do homem do campo. Em 1633 juntamente com Frederico Ozanan criou as conferências Vicentinas. S. Francisco de Sales o chamava o santo do século.  Dom Bosco tinha  uma grande veneração por Francisco de Sales.  Dom Bosco criou sua congregação e a denominou de Salesianos. Vicente com Margarida Nesseau criou as Damas de Caridade. As senhoras de caridade. Com Luiza de Marilac as irmãs de caridade, educadoras talentosas e servidoras no mundo inteiro. Neste ano estive em Paris, na Rue Du Bac 340 onde se encontram os corpos incorruptíveis de Marilac e Cattarine de Labouré, na Casa da Medalha Milagrosa. Lá se venera um relicário com o coração bondoso de São Vicente. Leão XIII, o fez patrono de todos os movimentos caritativos da Igreja Católica. Já bem distante penso como é fantástico e dignificante o trabalho de Pierre Aguiar. Em uma cidade tão distante de Paris, um homem se dedica pela causa dos pobres. Sr Pierre merecia um olhar mais justo. Fui acólito na Igrejinha de S. Vicente, e presenciava o carinho, o denodo que aquele homem sisudo e calado, se debruçava sobre sua causa. Ele era de extremo amor aos menos felicitados da vida. No final da festa vinha Seu Pierre nos dar quantia em dinheiro para as nossas férias. Escrevamos a nossa historia. Não precisamos procurar ídolos em outros sítios, esta terra é rica em cidadãos nobres como o Sr. Pierre Aguiar.
Jose Maria Bonfim Moraes- médico cardiologista.

Perpetua Aguiar disse...
DR JOSÉ MARIA, OBRIGADA PELA LEMBRANÇA DO MEU QUERIDO AVÔ ANTONIO PIERRE ROCHA AGUIAR. A SUA HISTÓRIA DE VIDA, MUITO NOS ORGULHA!ABRAÇOS!

Um comentário:

  1. DR JOSÉ MARIA, OBRIGADA PELA LEMBRANÇA DO MEU QUERIDO AVÔ ANTONIO PIERRE ROCHA AGUIAR. A SUA HISTÓRIA DE VIDA, MUITO NOS ORGULHA!ABRAÇOS!

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