Eis o que ponho no altar!
O limo amontoado
em meus olhos,
eclipsando
a íris d’alma
nas lides do dia.
Eis o que eu ponho no altar!
A indisposição
ao impreciso porvir,
uma inapetência
à fecunda oferenda
de vida e salvação.
Eis o que ponho no altar!
Os ossos enfastiados
intentando transmutar,
pouco a pouco,
vagas convicções
em mero ato de fé.
Precisava confiar menos no absurdo e mais em si mesmo ("A cruz era o sinal"/Jacqueline Aisenman) - li hoje no Varal nº 18 (p.128), de Novembro/2012, e notei essa correlação.
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