Quando Canudos caiu,
uma epopeia de loucura
num cordão de fanatismo,
eram 20 mil almas penadas
engolindo hóstias e balas
afeito cascavéis chocalhando
fome e sede no sertão.
Quando canudos fraquejou,
seus jagunços esquálidos
vomitaram rezas de fogo
na ira do corta-cabeças
que não indultou um pecador:
velhos, mulheres, crianças
arderam nas caieiras no sertão.
Por fim, Canudos calou:
abafou-se o gemido,
silenciou-se o lamento
de angustia e dor
e só se ouviu um choro santo
rogando luz nas trevas
das veredas do sertão.
Raimundo Cândido
Hildo Regis disse...
Até onde e quando você vai deixar de se superar. O poema é fantástico. Na primeira estrofe o problema é apresentado: como temática, Canudos; e como formato poético, a Epopeia. A segunda estrofe nos faz viver o conflito e pisotear no sangue da chacina. O último nos conduz à reflexão, através do silêncio, do gemido quase ladainho, uma espécie de conúbio entre homem que jaz e natureza que estremece. Sei lá, é tudo muito surreal. Parabéns!
José Alberto de Souza disse...
E lá se foi Antonio Conselheiro
conduzindo toda sua gente
a um sacrifício inglório
em busca duma esperança
perdida nos confins do sertão.
Hildo Regis disse...
Até onde e quando você vai deixar de se superar. O poema é fantástico. Na primeira estrofe o problema é apresentado: como temática, Canudos; e como formato poético, a Epopeia. A segunda estrofe nos faz viver o conflito e pisotear no sangue da chacina. O último nos conduz à reflexão, através do silêncio, do gemido quase ladainho, uma espécie de conúbio entre homem que jaz e natureza que estremece. Sei lá, é tudo muito surreal. Parabéns!
José Alberto de Souza disse...
E lá se foi Antonio Conselheiro
conduzindo toda sua gente
a um sacrifício inglório
em busca duma esperança
perdida nos confins do sertão.
E lá se foi Antonio Conselheiro
ResponderExcluirconduzindo toda sua gente
a um sacrifício inglório
em busca duma esperança
perdida nos confins do sertão.