1-
Caro Raimundo Cândido
Muito obrigado pelo belo texto sobre José Coriolano. Fico
feliz que a cidade que ele tanto admirou
está resgatando a sua obra.
Pela foto percebo que o busto já existia desde a década
de 40. Sei que o meu pai providenciou a feitura do busto, quando morávamos em
Crato.
A Academia tem tudo para ser o ambiente para o estudo da
obra do poeta. No google coloquei todas as poesias dele, inclusive as inéditas,
salvas pelo meu pai.
Fico à disposição
Ivens Roberto de Araújo Mourão
2-
Meu caro Ivens Mourão, Saudações!
É um prazer e uma intraduzível honra me dirigir ao
trineto de José Coriolano. Seu email me chaga trazendo uma energia tremenda e
um inesperado susto, pois é como se viesse do próprio poeta, se me entende.
Há uns dois anos,
li (e ainda não parei de ler) o Blog onde você postou Impressões e Gemidos, e
não entendia como uma obra grandiosa pode ficar na poeira do esquecimento por
todo esse tempo. Não compreendia porque uma cidade inteira (quase!) com um
filho ilustre, chamado de o PRINCIPEDOS POETAS no estado vizinho, não o
valorizava como deve ser e merece. (Podemos considerá-lo bicidadão: cearense e
piauiense)
A Academia de
Letras de Crateús o citou num artigo, no livro sobre o Centenário de Crateús,
através de acadêmico Juarez Leitão, mas não foi o suficiente. Descobri aquelas
fotos antigas que lhe mandei– as duas crianças que aparecem ao lado do
monumento são meus irmãos – e escrevi aquela singela crônica que lhe enviei e a
partir daí tem surgido algum movimento que nos anima a acreditar que Crateús
logo saberá quem foi e o que representa para nosso torrão ter um herói, um
literato comparado aos grandes do romantismo nacional.
O acadêmico Edmilson Providência, que me repassou seu
email, não poupa esforços na procura do Busto do Poeta. Estamos formando uma
equipe para cumprir esse objetivo: repor o busto, seja como for, para o mesmo
local e nomear a Praça da Matriz com o nome de José Coriolano.
Meu caro, Ivens Roberto de Araújo Mourão, não imagina o
prazer e a satisfação que nos dá com esse contato. Não quero mais tomar seu
precioso tempo, mas fique na expectativa, pois em breve terás noticias sobre o
que temos por obrigação de fazer quanto a retomada da valorização do NOSSO
Poeta José Coriolano. Foi um imenso prazer e um grande abraço.
Raimundo Candido
3-
Caro Raimundo Cândido Teixeira Filho
Foi com grande satisfação que recebi o seu email. Há anos
que tento fazer com que a obra literária do poeta José Coriolano tenha o seu
devido reconhecimento. Estou convencido de que,agora, encontrou o ambiente
propício para tanto. E não poderia ser melhor do que a Academia de Letras da
sua cidade natal.
Por vinte anos morei fora do Ceará. Ao retornar (1996),
procurei marcar presença junto aos meus pais, em idades avançadas. Para manter
a mente do meu pai ativa, sempre procurei conversar com ele sobre os assuntos
da sua predileção. Um deles as poesias do seu bisavô, José Coriolano. Sempre
guardou, como relíquia, o que restou dos originais de Impressões e Gemidos,
redigidos de próprio punho pelo poeta.
Comparando os originais com o que havia sido publicado em
1870 e 1973, eu e ele constatamos que existiam 49 poesias inéditas. Todas de
grande valor poético.
Tentei sensibilizar o prefeito da cidade, à época (2001),
de criar um memorial para o estudo da obra do filho ilustre. Não recebi
retorno.
Poucos dias antes do seu falecimento (outubro de 2001), o
meu pai, após declamar parte do poema Crateús,entregou-me a responsabilidade de
guardar os originais e fotos do poeta.
Passei a desenvolver um trabalho de digitação, tanto do
livro de 1870 com os acréscimos feitos na edição de 1973e, principalmente dos
poemas inéditos. Para este trabalho foi imprescindível a ajuda da minha esposa,
Edméia Teixeira Mourão profunda conhecedora da poesia e dos poetas da língua
portuguesa. Na tentativa de deslindar certas grafias, achávamos que o poeta
havia se equivocado. Ao compulsar o dicionário estava escrito que a palavra existia,
era adequada ou própria de uso poético no século XIX. Convenci-me da sua grande
cultura humanística.
Em outras ocasiões, a traça havia feito desaparecer
certas letras. Graças ao esforço e conhecimento da minha esposa sobre métrica,
musicalidade da poesia e o tema, ela reconstituía apalavra. Às vezes
parecia-nos que o poeta havia “ditado” no ouvido dela.
Procurei, então, com o meu irmão Raimundo Nonato Mourão,
residente em Teresina, sensibilizar a Academia Piauiense de Letras para
publicar as poesias completas. Conseguiu excelentes contatos tendo em vista o
seu bom relacionamento com diversos intelectuais. Porém, não houve continuidade
com o seu falecimento precoce (julho de 2007).
Ao ver o blog da minha filha Ivna Teixeira Mourão,
artista plástica, no qual ela divulga a sua arte, perguntei como se “fazia” um
blog. Ela deu-me uma “receita de bolo” e coloquei a obra completa na Internet.
Deu-me o grande prazer de que as poesias estavam salvas e disponíveis para o
mundo inteiro. Mas, faltava alguém para interessar-se pelo estudo delas e
incluí-las no local que merecem: a literatura nacional.
Desde então, vez ou outra, alguém entra em contato
comigo. Geralmente literatos do MA e PI que solicitavam permissão para incluir
Impressões e Gemidos nos seus blogs.
Recentemente, um estudante de letras da Universidade
Federal do Piauí interessou-se pela obra. Alguns professores entraram em
contato, mas não passou disso.
A minha sugestão é que a Academia crie um memorial.
Havendo essa formalização, terei o máximo prazer em colaborar naquilo que
estiver ao meu alcance.
Por fim, indago se os restos mortais do poeta ainda estão
na Igreja Matriz. Há tempos um primo informou que o Bispo (não o atual) havia
mandado retirá-los, alegando que a Igreja não é o local adequado. Lembro-me de
ter visto a lápide que a esposa (Maria Cisalpina) havia mandado colocar na
Igreja em homenagem ao marido. Localizava-se em uma das colunas, no lado
esquerdo, voltado para a praça onde existiu o busto.
Fico sempre à disposição.
Grande abraço
Ivens Roberto de Araújo Mourão
Olá querido parente. Sou José Maria da Silva Mourão. Sou do Ceará e moro em Brasília há 20 anos. Fui seminarista no Ceará durante 12 anos. Atualmente sou educador, escritor, teólogo, filófoso,cordelista, xilogravurista e membro da Academia de Letras de Taguatinga (ALT), Brasília -DF. Meu Pai se chamava Francisco Araújo Mourão e meus avós paternos Raimundo Araújo Mourão e Maria Idalina de Assunção. Meu pai viveu desgarrado e foi criado por uma família(que não é Mourão) em Viçosa do Ceará. Não conheci nenhum parente de meu papai na linha ascendente. Por isso estou procurando informações neste sentido.
ResponderExcluirTambém a história de nossa família é marcada por muitas acusações e rótulações pejorativas divuldados pelos registros da história oficial, que expoõe apenas a sua versão. Antes não dei muita importância a tudo isso, mas depois que fui vítima da perversidade e das tramas dos atuais sistemas políticos e religiosas por meu pensamento critico e postura questionadora, passei a não acreditar na versão dos detentores do poder da época a respeito dos nossos mourões. Então comecei a ficar comovido e indignado com a maneira covarde como eles assassinaram nosso velho Alexandre Mourão. E estou decidido a fazer o possível e necessário na perspectiva de encontrar alguma informação que possam fundamentar o contraditório dessas acusações e fazer justiça, não com bacamarte nem punhais, mas com algum ângulo de desvelamento da verdade sobre esses fatos. São chamados de facínoras pelo poeder oficial, mas apenas tentaram se defender. Onde não for possivel utilizar dados informativos, usarei os métodos da investigação filosófica entre eles, o crítico, o lógico dialético e o indutivo. Como todo Mourão tem facilidade de, mediante a dúvida cartesiana, ver o que se encontra atrás das cortinas, essa pesquisa não será uma tarefa fácil, mas possílvel. Por isso peço sua colacoração, tanto na primeira questão quanto na segunda, de acordo com aquilo que estiver ao seu alcance.
Um abraço.
Mourão.
é amigo,sou da canabrava(hoje Ararendá-ce).adquiri o exemplar de nertam macedo uma relíquia.como dizia o velho alexandre mourão:"pelejar contra o governo é dar murro em ponta de faca".talvez foi por isso qeu o governo imperial perseguia os mourões,pois,estes eram conservadores e o presidente da provincia era liberal.como os mourões não queria ser liberais então o governo tratou logo de liquida-los.Mas os mourões praticaram muitos crimes na região de ipueiras,cresci ouvindo muitas histórias dos anciõs daquela região
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