domingo, 29 de agosto de 2010

CORAGEM

Vagas por estradas tenebrosas
Caminhos desertos
Noites escuras

Andas por mares agitados
Rios correntes
Tempestades tremendas

Atravessas os portais dos tempos
As ruas das utopias
As avenidas das projeções

Pisas sobre o chão de pedreiras
Sob as nuvens de sonhos
Sobre o solo fervente

Corre na velocidade dos moinhos
No tic tac dos relógios
Na lentidão dos dias amargos

Vive sobrevivendo às derrotas
Levantando-se à queda
Agarrando-se a esperança

És a fortaleza dos homens fracos
A fraqueza dos que não choravam
És tudo de quem só a ti tem

És a força que move o passo
A mão que chama e expulsa
És o olhar que encherga o abismo

Não és louca ou delirante
Nem tampouco realista
Vai além do que se pode

É o que move e estaciona
Leva o homem ao seu destino
Faz caminhos no impenetrável

O que nos leva ao impossível
Pela estrada dos ideais
É somente tu, coragem.

Isis Celiane