Vagas por estradas tenebrosas
Caminhos desertos
Noites escuras
Andas por mares agitados
Rios correntes
Tempestades tremendas
Atravessas os portais dos tempos
As ruas das utopias
As avenidas das projeções
Pisas sobre o chão de pedreiras
Sob as nuvens de sonhos
Sobre o solo fervente
Corre na velocidade dos moinhos
No tic tac dos relógios
Na lentidão dos dias amargos
Vive sobrevivendo às derrotas
Levantando-se à queda
Agarrando-se a esperança
És a fortaleza dos homens fracos
A fraqueza dos que não choravam
És tudo de quem só a ti tem
És a força que move o passo
A mão que chama e expulsa
És o olhar que encherga o abismo
Não és louca ou delirante
Nem tampouco realista
Vai além do que se pode
É o que move e estaciona
Leva o homem ao seu destino
Faz caminhos no impenetrável
O que nos leva ao impossível
Pela estrada dos ideais
É somente tu, coragem.
Isis Celiane