sábado, 4 de dezembro de 2010

OBAAA!! VAI TER LANÇAMENTO DE LIVRO INFANTIL

A autora é Penélope, 9 aninhos!




O livro: Procurando Max, o cavalinho e outras histórias
e
e
O Ilustrador (desenhista) é Miguel de Paula



dia 8 de dezembro, às 19 horas,

no restaurante Ouro Verde


VAMOS LÁ, GALERINHA!!
Vai ser muito legal!!!!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

JERI


Guiada por uma trilha sem sinal,
Atravessamos a ponte para magia;
Do outro lado um lugar especial,
Aguardava ansioso a nossa alegria.

Deixamos a areia contar nossos passos,
Subimos em busca da celeste atração;
Guardei meu amor nos braços
E, ao pôr do sol, fizemos nossa saudação.

Na diferença de tantas faces,
Vi o mundo ao encontro da natureza;
A noite, sem as luzes do disfarce,
Mostou na penumbra sua beleza.

De uma lua por estrelas enfeitadas;
Da paz entrelaçando os corações;
De ruas com artes nas calçadas;
De um vento que ecoa os violões.

Para mergulhar na luz do amanhecer
Em lagoas de águas azuladas;
Para ver o sol à tarde se esconder
Atrás de uma pedra furada.

Imprimir Jericoacoara na memória
É como sonhar de olhos abertos
E deixar registrado na nossa história
A viagem a um paraíso descoberto.

(Silvia Régia Lopes Melo).

Raimundo Candido disse...
O Blog da academia está cada vez mais sortido e rico!Parabéns para nós!

terça-feira, 30 de novembro de 2010

MEU PRIMEIRO AMOR (Elias de França)

Tenho um segredo sobre minha professora do primário.
Ela foi os primeiros cabelos lisos a entrelaçarem minhas fantasias...
Os primeiros ombros morenos expostos que enxerguei,
a costa nua que inaugurou minha virilidade.
Um ralho seu valia um verso...
Quantas vezes, beliscava colegas,
à espera de ter seus dedos longos cravados na minha orelha!
Contava, um a um, os minutos das tardes;
à noite, ninava sonhos
e acreditava na manhã seguinte,
no reencontro com a professora.
Ainda hoje, me apanho a olhar ossos da clavícula,
palmados na pele de moças anônimas,
como que a tocar o corpo da tia...
As músicas da época ainda cantam seu olhar.
Gosto mais, nos novos amores,
dos traços iguais aos da professora.



Raimundo Cândido disse...
Nas suas traquinices carregadas de malícias corria-se o risco de um ralho mas gerou-se um verso... e valeu a pena!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Amores

Tenho a leve impressão de que os poetas de hoje
Carregam dores moderadas
Amores conformados
Sentimentos sem sentimentos
Escassez de versos: poesia em crise!

É, já não se ama como Vinícius
Muito menos como Jobim
Não se chora como Marias e Clarices - coisa de Elis
O exagero de roubar mil flores,
Só mesmo o de Cazuza
Ser capaz de perder o medo da chuva
Como um maluco beleza
Ter a paciência de esperar o segundo sol,
Ninguém melhor que Nando Reis
Mas o que mais desejo é carregar
A força e a coragem de Gonzaguinha
Pra começar tudo - sempre - outra vez
Eterno recomeço, "... nada foi em vão"

Nêga

domingo, 28 de novembro de 2010

ESCRITOR (Isis Celiane)

Mesmo quando o sol esquecer de sair
E às manhãs não vir a aurora
Mesmo quando tudo for nostalgia
Estaremos como agora
Mesmo que a lua perca seu brilho
E as estrelas se tornem frígidas
Mesmo que o frio nos faça tremer
Estaremos como agora
E não adiaremos para outra hora
O momento de escrever
Mesmo que nos faltem paisagens belas
E não tenha verão nem primavera
Estaremos como agora
E tudo é como era
Mesmo que o tempo passe
E a velhice venha nos tomar
De cabelos brancos e mãos trêmulas
Estaremos como agora
Mesmo que o nosso lugar se torne pequeno
E o nosso peito fique sereno
Estaremos como agora
E não adiaremos para outra hora
O momento de escrever
Mesmo que sejamos imperceptíveis
E os nossos versos ilegíveis
Estaremos como agora
Mesmo quando chegar nossa hora
E nossa alma tiver de ir embora
Estaremos como agora
Mesmo que já tenhamos partido
Se o céu nos for permitido
Entraremos como agora
E não adiaremos para outra hora
O momento de escrever!