sexta-feira, 6 de novembro de 2009

MIRAGEM

MIRAGEM
Aldo

Tua imagem mais divina está guardada
Para sempre, em minha mente, colorida
Superando o mais perfeito e objetivo
Retrato, feito por computador
Refletindo a saudade de um amor
Que a solidão dos loucos mantém vivo.

Com o ouro da alquimia te adornei
E em goles de wisky te bebí
Por capricho do destino te perdi
À imagens e lembranças me apeguei
Mil estradas, mil lugares já andei
Esquecer-te? Nem tentei, nem consegui.

Hoje, com sonhos de poeta me alimento
Na saudade aconchegante da lareira
Numa tarde de domingo, ou sexta-feira
Enquanto a terra teima em girar
Num balé de colibris e mariposas
Eu te vejo, em rendas brancas a bailar.

Baila ...baila...baila prá mim
É miragem mais eu sou feliz assim
Balada para Joel e Abigail
(Éricson Fabrício)
Introdução: Am ,Am4, Am9
Tom: Am

F G Am
No coração brota um amor que não vai cessar
F G Am
Nesta canção de trovador composta ao luar
F G Am
Força sublime do fundo d’alma destrói toda dor
F G Am
No tão temido perigo, amigo vem me guiar
F G C Am
Me trespassa o peito a solidão
F G C Am
Me devora no leito, acorrenta aflição
F G C Am
Vem consumir-me, desfaz o que fez
F G Am
Vem esquartejar-me, apunhala de vez...

(Esta parte é cantada por Abigail)



F G Am
Mas se tu queres de vera zelar a coroa do amor
F G Am
Escuta a voz do teu tão amado, teu trovador...

F G Am
Então vem com o teu bálsamo, sobre essas chagas vem derramar!
F G Am
Arranca os punhais e se lhe apraz, me leva ao teu lar...
F G C Am
E se és meu abrigo me faz transbordar
F G C Am
Com o teu uno amor me vem restaurar
F G C Am
Canta comigo a nívea canção
F G Am
Conjurada ao dar-te o meu coração...

(Esta parte é cantada por Joel)



( Música inclusa no livro "O eltequiano", por Éricson Fabrício)

ANIVERSÁRIO!

Caros Colegas:

Gostaria de lembrar a todos e todas que amanhã, sabado, dia 7 de novembro, comemoraremos o aniversários dos nossos colegas academicos nascidos no mês de novembro, com um delicioso sarau de poesia, a partir das 19 horas, no quintal do sindicato dos professores.

Todos os colegas da ALC estao convidados, aliás, a festa é toda nossa! reuna toda a familia e vamos lá, recitar poemas, comer um carneirinho, ouvir e cantar uma boa musica... e tudo o mais!!!

Grande Abraço

Até amanhã!!!

Elias

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Poema Infeliz

Oh! maldita coisa!
Penso pensar;
despejo soberbo;
bocejo, sobejo;
sobras de lira, delírio;
maldito ditado;
demônio das horas turvas;
Insônia, tentação da meia-noite,
que me abandona,
enquanto vago entretido
nos labirintos de lidas e pressas
e me possui na cisma!
Por que só me induzes a viajar,
quando não tenho aonde ir?
Se ao menos me falasses de flores,
de orgias ou embriaguez...
ou me trouxesses das lonjuras, da imaginação além-mar,
o impossível amor perfeito,
uma bonança de orgasmos,
ou um deleite com deusas anônimas...
Corrompe-me a sensatez!
Fragmenta-me em grão,
faz-te vento e me leve qual poeira pelo universo
para longe da crueldade do existir;
afasta-me do mundano mosaico de carne rasgada
a manchar os cenários de concreto...
Como te impões a mim,
assim, tão crua, voraz, pedra tosca, digo-te:
não és poesia;
és vômito, agonia...
Tempo perdido,
palavra doida,
viver doído!

Elias de França

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

AÇÕES




Caros Colegas:

Conforme deliberado na reunião da nossa ALC, no domingo 18 de outubro, a Academia solicitou uma conversa com a Administração municipal, para tratar de dois assuntos, a saber:

- solicitação do predio principal da estação para nossa Sede;

e discutir projeto de reforma ou reconstrução da praça dos pirulitos e a situação da biblioteca publica que reivindicamos seja preservada.

A reunião aconteceu em 22 de outubro, na sala da Promotoria Publica da Primeira Vara de Justiça Estadual e contou com a presença de Elias, Lourival Veras e Doutor Arteiro Goiano, representando a ALC; Mauro Soares e Luís Alberto, Secretários de Adminstração e Infraestrutura, respectivamente, representando a Administração.

Como retorno aos pleitos, os representantes da admistração se comprometeram em:

1) levar o pleito da academia, quanto à cessão do Prédio da Estação para Sede a arquitetos e engenheiros do Banco do Nordeste que estão pensando o projeto de ocupação dos espaços desse corredor cultural;

2) Realizar uma ampla audiencia pública para debater o projeto de reforma ou reconstrução da(s) praça(s) em questão, onde os movimentos sociais e a sociedade possa conhecer, intervir e sugerir.

Em breve, o nosso Secretário Ericson Fabricio estará postando o relatorio da reunião de domingo para conhecimento dos colegas que nao puderam comparecer (vide Ata, abaixo).

Saudações Literárias!

Elias de França

=============================================================================

Querido Elias,

fico feliz em saber que o diálogo inicial foi promissor, vamos torcer para que a coerência esteja presente nas ações futuras do poder público municipal.

Sou uma mulher de FÉ, munida de muitas ESPERANÇAS.

Vamos torcer e lutar por uma Crateús bonita e construida com a participação popular.

Grande abraço,

Nega




"Tudo vale a pena se a alma não é pequena"

ATA DE REUNIÃO DA ACADEMIA DE LETRAS DE CRATEÚS - ALC

No dia dezoito de outubro de dois mil e nove, nas dependências da Casa de Arte e Cultura João Batista, na cidade de Crateús – Ceará reuniram-se alguns membros da Academia na intenção de discutir a regularização, definir uma data para a entrega dos memoriais e currículos e, além disso, a sede da Academia. Estavam presentes os seguintes membros: Adriana Calaça de Paiva França, Antonio Elias de França, José Bonfim de Almeida Júnior, Carlos Leite de Araújo, Éricson Fabrício Alves Vieira da Silva, Lourival Mourão Veras, Maria da Conceição Rodrigues Martins, Vera Lúcia Teixeira Fernandes, Raimundo Cândido Teixeira Filho, José Arteiro Soares Goiano e Edmilson de Sousa Lopes. Os demais membros não puderam comparecer por motivos justos. Discutiu-se o assunto da sede, e foi então prevista a confecção de um ofício - lavrado por Júnior Bonfim e assinado por Elias de França (Presidente) - solicitando uma reunião com a presença do Chefe do Executivo Municipal de Crateús, Secretário de Infra-Estrutura, o Arquiteto responsável pela obra e demais responsáveis diretos pelo projeto. A data proposta pelo ofício foi a de vinte e dois de outubro de 2009, tendo o local a Sala de Promotoria da Primeira Vara. Tudo isto se deu na intenção de conquistarmos a cessão do prédio principal da antiga REFFSA, para sediar a Academia. Também foi decidido que mensalmente seria realizado um evento de confraternização dos aniversariantes, onde seria feito um sarau e cada um contribuiria com recitação de poesias, música e o que fosse necessário. Júnior Bonfim comprometeu-se de produzir um “Blog” da Academia, os demais ficaram de acordo. E para constar, eu, Éricson Fabrício Alves Vieira Silva, como Secretário Geral, lavrei a presente Ata, que após lida e achada conforme, será assinada por quem de direito.

ACADEMIA DE LETRAS É REALIDADE EM CRATEÚS

Nascida da fértil e prodigiosa mente do poeta José Bonfim de Almeida Júnior (Júnior Bonfim), a Academia de Letras de Crateús - ALC tornou-se realidade na memorável noite de sábado, 13 de junho de 2009, em sessão solene de fundação, posse dos sócios e da diretoria, ocorrida no Teatro Rosa Moraes, dirigida pelo acadêmico Antônio Elias de França. Elias foi eleito como primeiro presidente da ALC e vai conduzir os passos da Arcádia por dois anos, nos termos estatutários.

O evento, realizado com lotação completa do Teatro, contou com a presença do deputado estadual Nenen Coelho, representando o Poder Legislativo do Ceará, do secretário de Cultura, Sílvio Werta, que representou o Executivo Municipal, da vereadora Elisabeth Moraes Machado, representando o Poder Legislativo Municipal, e do promotor de Justiça José Arteiro Goiano, que representou o Judiciário e o Ministério Público locais.

A Academia de Letras de Crateús é um sodalício de letras formado para ser preenchido por 40 sócios que ocuparão 40 cadeiras, cada uma com seu respectivo patrono, que tem a livre escolha do sócio. A ALC foi iniciada com 22 sócios, restando, pois, 18 vagas a serem preenchidas. Sua finalidade é a de agregar talentos da terra, amantes das letras e da literatura na sua mais ampla expressão, desde a literatura popular, conhecida como de cordel, à literatura erudita, e incentivar a cultura em geral.

O cerimonial do evento foi dirigido pela elegante dama de nossa sociedade, Marta Bezerra, gerente da Unimed Regional, e teve animação sonora do talentoso músico e cantor Ernesto.

SÓCIOS E PATRONOS


Tomaram parte como sócios da ALC 22 nomes que escolheram o número de suas cadeiras, cabendo a cadeira nº 01 ao vetusto memorialista de Crateús, Norberto Ferreira Filho, que escolheu como patrono o jornalista e escritor José Blanchard Girão. Os demais sócios e patronos pela ordem numérica das cadeiras são: Antônio Elias de França, que tem como patrono o Ex-bispo de Crateús Dom Antônio Batista Fragoso; José Bonfim de Almeida Júnior, com Monsenhor Francisco Ferreira de Moraes; Flávio Machado e Silva, com Dom José Tupinambá da Frota; Carlos Leite de Araújo, com Antônio Gonçalves da Silva (Patativa do Assaré); Geraldo Oliveira Lima (Pe. Geraldinho), com Euclides da Cunha; Sebastião César Aguiar Vale, com Jáder Moreira de Carvalho; João Lucas Evangelista, com Leandro Gomes de Barros; Ericson Fabrício Alves Vieira, com Clarice Lispector; Lourival Mourão Veras, com Alfredo Kunz (Pe. Alfredinho); Maria da Conceição Rodrigues Martins, com Mário de Miranda Quintana; Vera Lúcia Teixeira Fernandes, com Maria Gláucia Meneses Teixeira Albuquerque; Sílvia Régia Lopes Melo, com Rachel de Queiroz; Ísis Celiane Rodrigues, com Machado de Assis; Raimundo Cândido Teixeira Filho, com Luiz Bezerra; Luis Carlos Leite de Melo, com João Capistrano Honório de Abreu; Antônio Carlos Ferreira Bonfim, com Sebastião Ferreira do Bonfim; José Arteiro Soares Goiano, com João Crisóstomo de Azevedo; Adriana Calaça de Paiva França, com Nísia Floresta; Francisco Aldo dos Santos, com Raul dos Santos Seixas; Antônio Dideus Pereira Sales, com Gerardo Mello Mourão, e Antônio Edmilson de Sousa Lopes, com Emanuel Cardoso.

DIRETORIA

A primeira diretoria da Academia de Letras de Crateús ficou assim formada: Antônio Elias de França – presidente; José Bonfim de Almeida Júnior – vice-presidente; Ericson Fabrício Alves Vieira – secretário; Lourival Mourão Veras – tesoureiro; Maria da Conceição Rodrigues Martins – diretora de cultura. Compõem o Conselho Fiscal: Flávio Machado e Silva, Raimundo Cândido Teixeira Filho e Sebastião César Aguiar Vale.

JÚNIOR BONFIM

O acadêmico Júnior Bonfim, idealizador da Academia de Letras de Crateús, e que também pertence à Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – AMLEF, fez um brilhante discurso de saudação aos seus confrades e à sociedade crateuense que, naquela noite, com ansiedade e abismada, via nascer para o nosso município uma entidade cultural da maior envergadura, com a finalidade de engrandecer a cidade e dar-lhe ainda maior representatividade.

PRONUNCIAMENTOS


A vereadora Betinha Machado, representando o Legislativo Municipal, congratulou-se com a idéia da criação da ALC e parabenizou a cidade e os acadêmicos que, naquele momento, assumiram um compromisso cultural com a sociedade, o de lutar em prol do engrandecimento de nossa cultura. Outros oradores também se pronunciaram no mesmo sentido, como o deputado Nenen Coelho, numa menção honrosa ao acadêmico ocupante da cadeira nº 01, o memorialista Norberto Ferreira Filho. Também usaram da palavra os acadêmicos José Arteiro Soares Goiano, Maria da Conceição e Antônio Elias de França que, tão logo cessaram suas palavras, deu como encerrada a magna sessão inauguratória da Academia de Letras de Crateús.

COMEMORAÇÃO

Após o encerramento da solenidade no Teatro Rosa Moraes, a diretoria da ALC recepcionou a sociedade de Crateús na Casa de Cultura João Batista, com um coquetel e com um show musical do duo vocal e musical Ernesto & Ivonete, e a participação improvisada de alguns talentos musicais que fazem parte da ALC.

(Notícia publicada no Jornal Gazeta do Centro-Oeste, de Crateús, Ceará, em 22 de junho de 2009)

A MENTE MOVE A MATÉRIA!

O mais célebre livro do poeta português Fernando Pessoa – o único que publicou em vida – é um feixe luminoso de 44 poemas. Na sua compleição original havia sido batizado de Portugal, o nome da pátria do poeta.

No entanto, como Portugal amargava sérios problemas, Pessoa, sob o influxo de conselhos de um amigo, resolve alterar o título do livro. E constrói a palavra “Mensagem” tendo como alicerce fundante a expressão latina Mens agitat molem, isto é, "A mente move a matéria", inspirado na famosa frase da história de Eneida, de Virgílio, dita pela personagem Anquises quando explica a Enéias o sistema do Universo.

E Fernando Pessoa começa a segunda parte do livro professando: “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. Ou seja, para a consecução de todo empreendimento há que se seguir essa trilha infalível: que o arquiteto da criação ceda o terreno, nele se lance a semente do desejo e, por fim, que se acompanhe a germinação.

O que hoje se opera é fruto dessa conjugação frutífera da vontade superior, do sonho cultivado e do ímpeto realizador. Por isso, indubitavelmente, a constituição da Academia de Letras de Crateús é um evento indelével, uma realização memorável, um feito histórico.

Tal qual o país que nos colonizou à época de Pessoa, a nossa pequena pátria afetiva, o município de Crateús, sofre sob o açoite das dificuldades de toda sorte, sobretudo pela sua própria condição geopolítica de encontrar-se encravado na mais dolorida região brasileira, o semi-árido nordestino.

Pois bem, nessa paisagem sacudida por gigantescas adversidades, estonteada por tantas frustrações políticas, castigada por intempéries, sob o rescaldo das tiranias econômicas, à margem do fulgor capitalista – muitos hão de questionar qual a razão de se implantar uma Academia de Letras?

A resposta vem da pena pioneira de um dos patronos da nossa Arcádia, Gerardo Mello Mourão: “Os filósofos, os poetas, os artistas, como a própria arte, não são fruto da civilização industrial. São mesmo, de um modo geral, os marginais dessa civilização e desse tipo de progresso, desse poder de produção de riqueza”.

É movido por essa crença de aço, consciente dessa assertiva irrefutável, que cada um de nós se dispôs a oferecer o seu quinhão de contribuição a essa causa.

Cremos na floração dos talentos secretos que a nossa terra possui, cremos nos valores humanos que ainda dormitam sob o albergue do anonimato, cremos que esta região precisa de uma incubadora cultural que possa acariciar os embriões dispersos por todos os quadrantes desse município e lhes ofereça o único lenitivo que necessitam: o estímulo vital, o fermento biológico, o recanto para produzir, o púlpito para subir, o palco para brilhar.

Todos os sócios fundadores da Academia de Letras de Crateús – ALC - estamos algemados pela mesma corrente libertária: une-nos a convicção de que a mente move a matéria, o ser se sobrepõe ao ter. Curvamo-nos aos ditames da consciência. Proclamamos a supremacia da virtude, o reinado da inteligência.

Como as amplas casas que sediavam as nossas antigas fazendas e abrigavam numerosas famílias, esta Academia nasce sob o signo imperscrutável da amplidão, está marcada pelo ferro generoso do ecletismo e exibe no frontispício o magnético talismã da pluralidade. Abriga a erudição de um Geraldinho, de um César Vale, de um Elias de França, de um Lourival Veras e de um Carlos Bonfim; recepciona o lampejo cientifico do doutor Arteiro Goiano e dos Professores Luis Carlos e Adriana Calaça; areja-se sob a brisa poética de um Raimundinho Cândido de uma doutora Silvia Melo, da mestra Maria da Conceição (Nega), da juventude criativa de uma Isis Celiane e de um Ericson Fabrício; reacende a fogueira da história sob a ação de memorialistas como Flávio Machado, Vera Lúcia Teixeira e Norberto Ferreira Filho (o venerando Ferreirinha); se deixa embalar pela musicalidade de letristas como Aldo dos Santos e Edmilson Providencia; e se faz caudatária da expertise da melhor cepa da literatura popular aqui representada pelo cordelista Carlos Leite, pelo cancioneiro consagrado Lucas Evangelista e pelo patativiano poeta Dideus Sales.

Na nossa trilha existencial, marcada invariavelmente pelos percalços da trivialidade, às vezes nos deparamos com o desafio de fazer História. É o que estamos a realizar hoje. Sob o testemunho singular de cada um dos presentes, em especial dessa sacerdotisa do ensino que emprestou seu nome para este templo à cultura, a jovial octogenária Professora Rosa Morais, estamos erigindo um monumento à imortalidade. Estamos formalizando nesta data, dia de Santo Antonio, o Santo do matrimônio, uma aliança definitiva entre a nossa geração e as gerações vindouras.


A mente move a matéria!


Com a autorização do editor do livro da Criação, demos vazão ao impulso do sonho e a obra nasceu: Viva a Academia de Letras de Crateús!


(Por Júnior Bonfim - Discurso proferido por ocasião da Solenidade de Instalação da Academia de Letras de Crateús, no Teatro Rosa Morais, em 13 de junho de 2009).

LISTA DE ACADÊMICOS E RESPECTIVOS PATRONOS


ACADÊMICO

PATRONO

Cadeira 1

Norberto Ferreira Filho (Ferreirinha) – Historiador e comerciante, nascido em 27 de maio de 1918, casou com Maria de Lourdes Monteiro em 20 de maio de 1939, constituindo uma família sólida, dessa nascendo nove filhos. Um dos pilares históricos de Crateús, contribuiu social, cultural e politicamente com o desenvolvimento de nosso município. Membro ativo do Partido Comunista do Brasil, foi perseguido e preso durante o regime da ditadura militar. Publicou as seguintes obras: “Crateús, Nova Russas e Tamboril – Fatos e Cousas do Passado”, “Coletânea” e “Coletânea 2”.

José Blanchard Girão – Nascido em 22 de outubro de 1929, em Acaraú. Formou-se bacharel em letras neolatinas em 1953 pela Faculdade Católica de Filosofia do Ceará e também em direito pela Faculdade Federal do Ceará em 1958. Dirigiu vários jornais em Fortaleza e ocupou diversos cargos políticos. Algumas de suas obras: “Passageiros do Ontem e do Sempre”, “O Liceu e o Bonde na paisagem sentimental de Fortaleza Província” e “Só as armas calaram a Dragão”.

Cadeira 2

Antonio Elias de França – até a maioridade era menino de Sertão, analfabeto, poupado do trabalho na roça por causa de enfermidades congênitas. Já aos 12 anos, cantarolava “nas horas mais sertanejas”; nos anos 80 vociferava “vermelho”; no inicio dos 90, era “febre”; no século XXI, se converte em “cantigas do oco do mundo”, “a menina de cabeça nas nuvens”, “a lenda do espantalho”... Pedagogo, especialista em gestão, multiartista (poeta, compositor, dramaturgo, artista plástico) ganhador de dezenas de prêmios literários teatrais e musicais Brasil afora.

Dom Antonio Batista Fragoso – Nascido na Cidade de Teixeira, Sertão da Paraíba, à beira do Riacho Verde que seu pai José chamou de abençoado, veio à beira de outro Riacho, o Poti, escrever com o seu povo a face de uma igreja que faz opção preferencial pelos pobres, uma historia de amor, união, resistência e fé. Seu bispado tinha como principio que “quem meche com as ovelhas, meche com o pastor...” Seu jeito de ser Igreja viva, na organização dos humildes, alcançou repercussão mundial, e continua guiando a caminhada do povo desta cidade e de toda a região dos Sertões de Crateús.

Cadeira 3

José Bonfim de Almeida Júnior é poeta e pai, cronista e militante, advogado e pedagogo. Autor dos livros “Poesias Adolescentes e Maduras” e “Amores e Clamores da Cidade”, é também membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza – AMLEF, onde ocupa a Cadeira 18, cujo patrono é Gerardo Mello Mourão. Escreve regularmente para o Jornal Gazeta do Centro Oeste e para a Revista Gente de Ação.

Monsenhor Moraes – Nascido em Crateús, contemporâneo de seminário e sacerdócio do saudoso Monsenhor Bonfim (ou “Tio Zezé”), Francisco Ferreira de Moraes, o monsenhor Moraes, honrou a História. Após uma profícua passagem por Nova Russas, fincou suas raízes no Ipu. Ali construiu sua morada definitiva, o lar da alma, a pátria do seu coração. Tendo o coração como fonte, foi mais que um sacro pastor de seres humanos: consciente de que o céu começa aqui, envolveu-se nas terrenas lutas pelo desenvolvimento local, travou o bom combate contra as agruras da sua gente a bafejou o município com incontáveis benefícios no campo sócio-econômico. Escritor meritório, deixou vasta obra literária.

Cadeira 4

Flávio Machado e Silva nasceu em Novo Oriente aos 18 de setembro de 1945. Estudou em Crateús e Sobral, formando-se em Contabilidade pela Escola Técnica de Comércio Padre Juvêncio. Foi funcionário do Banco do Brasil por 28 anos. Amante das letras, atualmente colabora com o Jornal Gazeta do Centro Oeste, onde escreve crônicas sobre a história de Crateús.

Dom José Tupinambá da Frota – Nasceu em Sobral em setembro de 1882. Foi doutorado em Teologia e Filosofia pela Pontifícia Universidade Gregoriana, de Roma, em 1902. Em 1916 foi nomeado e sagrado como o 1º bispo de Sobral, pelo Papa Bento XV.

Cadeira 5

Carlos Leite de Araújo é cordelista, relojoeiro e histórico líder comunitário dos bairros crateuenses. Vinculado ao movimento eclesial de base, destacou-se nas lutas sociais e populares, ocasião em que produziu cordéis narrando a heróica luta do povo sofrido da periferia de Crateús.

Antonio Gonçalves da Silva, Patativa do Assaré, nasceu no dia 09 de março de 1909, na Serra de Santana, município de Assaré, no Vale do Cariri cearense. Filho de agricultor, analfabeto, foi criado no ambiente da roça. A sua vocação de poeta, cantador da existência e cronista das mazelas do mundo, despertou cedo e já aos cinco anos de idade exercitava seu versejar. Suas poesias foram publicadas e algumas transformadas em músicas, gravadas por cantores como Luiz Gonzaga e Raimundo Fagner. PATATIVA DO ASSARÉ transformou-se no maior poeta popular do nordeste brasileiro e se vivo fosse estaria completando em 2009, um século de existência. Sua morte ocorreu no dia 08 de julho de 2002, aos 93 anos.

Cadeira 6

Geraldo Oliveira Lima, o Pe. Geraldinho, é um sacerdote que se fez poeta, historiador e museólogo. Possui o maior particular de raridades dos Sertões de Crateús. É autor de vários livros e intelectual militante, sendo nacionalmente reconhecido pelo trabalho de fôlego que empreendeu sobre a Coluna Prestes.

Euclides da Cunha nasceu em Cantagalo, estado do Rio de Janeiro. Freqüentou a Escola Militar, dela sendo afastado por ser adepto da Proclamação da República. Escreveu Os Sertões em 1902. Morreu vítima de um crime passional, em 1909.

Cadeira 7

Sebastião César Aguiar Vale é graduado em jornalismo pela Universidade Federal do Ceará, em grau polivalente. É o jornalista-editor e o responsável pela Gazeta do Centro-Oeste que, a cada 15 dias, circula pela cidade de Crateús, por cidades do seu entorno, na Capital do Estado, na Capital Federal e outras capitais e cidades brasileiras. Sozinho, o jornalista compõe o jornal que representa a cidade em suas páginas e através de site na internet.

Jader Moreira de Carvalho é um dos mais legítimos representantes do jornalismo cearense e também um dos maiores poetas deste Ceará sofrido e devastado pelas secas. Sua poesia brota do chão adusto, dos incêndios da caatinga, do sertanejo estóico, dos vaqueiros, do cangaceiro valente e dos beatos do Cariri. Brota das cheias do Jaguaribe, “dos tabuleiros mansos de Quixadá, do Quixeramobim de Araújos e Maciéis e, sobremodo, brota da alma nordestina.

Cadeira 8

João Lucas Evangelista nasceu em Crateús em 06 de maio de 1937. É poeta cordelista e violeiro da popular Literatura de Cordel. Apresentando de forma simples e original a verdadeira essência da cultura popular, Lucas Evangelista viaja o mundo divulgando sua arte e, através dela, faz da sua vida o verdadeiro palco da arte do cordel. Conforme lei dos tesouros vivos – Lucas Evangelista foi consagrado Mestre do Mundo da Cultura Popular.

Leandro Gomes de Barros nasceu aos 19 de novembro de 1865. De instrução elementar, foi não apenas a mais alta expressão da poesia popular do Nordeste, mais o maior poeta brasileiro. Sua publicação é estimada em centenas de títulos. Viveu e sustentou enorme prole única e exclusivamente da venda de seus folhetos.

Cadeira 9

Éricson Fabrício Alves Vieira, amador da Arte, apreciou sempre a música e a literatura em principal. Hoje, encaminha-se ao rumo literário na intenção de contribuir na construção do pensamento.

Clarice Lispector, embora ucraniana, naturalizou-se brasileira e transformou a literatura com suas obras profundas e analíticas.

Cadeira 10

Lourival Mourão Veras tem suas raízes profundamente fincadas na Furna dos Caboclos, em Montenebo, descendente que é dos índios que ainda hoje habitam aquelas terras. Poeta, contista e dramaturgo, vencedor de prêmios literários, identifica-se apaixonadamente com a promoção da cultura em Crateús.

Alfredo Kunz, mais conhecido como Pe. Alfredinho, foi um filho do mundo que escolheu o Brasil para disseminar o amor aos mais carentes. Soldado prisioneiro, aprendeu nos campos de concentração da II Guerra Mundial o quanto é necessário estar ao lado dos que sofrem. Plantou em Crateús lições de solidariedade e desprendimento que ainda hoje vicejam.

Cadeira 11

Maria da Conceição Rodrigues Martins – crateuense, filha de Delmira Rodrigues Martins e Francisco Martins. Poetisa, pedagoga, professora da FAEC/UECE; aluna do mestrado em Educação da Universidade Estadual do Ceará. A professora Nêga é uma apaixonada pelas letras, arte e história. Alguém que se apega aos versos de Quintana na busca de seus ideais: Nas palavras do poeta ela traduz essa luta: Esses que ai estão atravancando meu caminho/eles passarão/ eu passarinho.

Mario de Miranda Quintana - poeta e tradutor gaúcho que nasceu na cidade de Alegrete (RS), no dia 30 de julho de 1906, tendo obras publicadas em vários países. Quintana recebeu o título de Doutor Honoris Causa de 5 Universidades brasileiras, concedido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Universidade do Vale dos Sinos, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Universidade de Campinas e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1989 foi eleito o Príncipe dos Poetas Brasileiros. O poeta passarinho nos deixou no ano de 1994 e pôde enfim fazer o que queria: deitar-se de sapatos.

Cadeira 12

Vera Lúcia Teixeira Fernandes - Nasceu em agosto de 1948, quinta filha do casal Raimundo Candido Teixeira e Maria Delite Menezes Teixeira. É pessoa culta, de muita leitura, extrovertida, feliz e comprometida com o desenvolvimento da cidade. Professora, funcionária do INSS aposentada. Escritora do livro D. Delite: uma história de vida.

Profª. Mª. Gláucia M. Teixeira Albuquerque - Doutora em Educação Brasileira pela UFC. Professora e pesquisadora de Política e Gestão Educacional do Programa de Pós-Graduação da UECE, com produção na área de Política, Planejamento, Gestão Educacional e formação de Professores. Autora de vários livros: Estrutura e Funcionamento da Educação Básica; Política e Planejamento Educacional; Política e Gestão Educacional: contextos e práticas, entre outros.

Cadeira 13

Sílvia Régia Lopes Melo, ainda menina, conheceu o sorriso da palavra e encantou-se com a poesia, que fez a emoção soar em sua vida; as cartas foram seus primeiros ensaios literários, até chegar, em 1997, à conclusão de um livro, Fragmentos e Sentimentos (não publicado), dedicado apenas ao primeiro amor. Em agosto de 2005, realizou o sonho de publicar um livro de poesia, intitulado: Carnaval de Lembranças, e promoveu, assim, o encontro da menina com a mulher.

Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza/CE, em 17 de novembro de 1910; foi a primeira mulher a ingressar na “Academia Brasileira de Letras”. Publicou 23 livros individuais e quatro em parceria. Sua obra está traduzida e publicada em francês, inglês, alemão e japonês. Além disso, traduziu 45 obras para o português, sendo 38 romances. Colaborou, semanalmente, com crônicas no jornal “O Estado de São Paulo” e faleceu no Rio de Janeiro/RJ em 4 de novembro de 2003.

Cadeira 14

Ísis Celiane Rodrigues – Amante das letras postas no papel, das poesias e livros que a modernidade, apesar de todo seu esforço, ainda não conseguiu superar. É representante de uma parcela generosa da juventude que ainda acredita no poder de transformação das palavras.

Machado de Assis – Nascido no país das riquezas restritas e pobrezas distribuídas. Filho da mesma educação das poucas oportunidades que muitos freqüentamos. Brasileiro autodidata, buscou conhecimento além dos muros das escolas. Diziam-lhe pessimista e cínico. Era romântico e realista. Ajudou a fundar e foi o primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras. Ainda vive nas obras que atravessarão os limites de todos os tempos.

Cadeira 15

Raimundo Cândido Teixeira Filho – Professor por precisão e poeta por predileção, ou seja, o verso sempre foi seu maior anseio. Está aqui para provar que a poesia é como musgo, pode surgir de onde menos se espera e que no insensível teorema pode haver intensos poemas. Aprendeu a ser traça nas velhas páginas do “Tesouro da Juventude” na biblioteca do saudoso Colégio Pio XII e de lá pra cá não mais parou de ruminar as palavras, as quais reverencia bo seu livro Karatis.

Prof. Luiz Bezerra – Dia 17 próximo estaremos comemorando o centenário de nascimento do empresário, radialista, romancista, cronista, poeta, exímio orador e professor Luiz Bezerra, mentor de uma geração de crateuenses que agora é, em justa homenagem, escolhido patrono da Cadeira 15, ocupada por Raimundo Cândido na ALC. Seu raciocínio brilhante e sua cultura invejável o fizeram um bom jornalista, um cronista de intensa imaginação e um poeta atuante. Um grande cidadão do passado, presente hoje no nosso coração.

Cadeira 16

Luís Carlos Leite de Melo é escritor, historiador e professor da Faculdade de Educação de Crateús – FAEC, exercendo há vários anos cargos de direção naquela instituição de ensino superior.

João Capistrano Honório de Abreu, um dos principais historiadores do Brasil, nasceu em Maranguape, antiga Província do Ceará, no dia 23 de outubro de 1853. Estudou em Fortaleza e Recife, mudando-se para o Rio de Janeiro em 1875. Nomeado oficial da Biblioteca Nacional, em 1879, e professor de Corografia e História do Brasil do Colégio Pedro II, de 1883 a 1899, quando o ministro da Justiça Epitácio Pessoa determinou anexar o ensino de História do Brasil ao de História Universal. Em sinal de protesto, recusou-se a lecionar a nova disciplina preferindo manter-se em disponibilidade para se dedicar à pesquisa. Capistrano de Abreu faleceu no Rio de Janeiro em 13 de agosto de 1927, perto de completar 74 anos.


Cadeira 17

Antonio Carlos Ferreira Bonfim nasceu no Curral Velho, Distrito de Crateús, em 16 de abril de 1965. Estudou em escolas públicas do Estado. Estudou 3 anos de teologia em Anápolis, Goiás (1987-1989). Ainda em Anápolis fez 2 anos de Sociologia. Em Crateús, Ceará, formou-se em Pedagogia pela FAEC/UECE. Logo em seguida fez Mestrado em Educação pela UFC. Ensinou no Departamento de Teoria Econômica da Faculdade de Economia da UFC. Retornou a Crateús e desde agosto de 2004 leciona na Faculdade de Educação de Crateús (FAEC). Paralelamente se dedica às letras: produzindo contos e textos científicos.

Sebastião Ferreira do Bonfim foi um poeta popular. Bastiãozinho, como era conhecido, fez importante contribuição para a poesia popular dos Sertões de Crateús. Construiu um estilo de poesia naturalista, configurada mediante uma escrita simples, cujo conteúdo encontra-se diretamente associado ao mundo cotidiano, às personagens sociais e, sobretudo, aos bichos e aos eventos da natureza. Escreveu mais de 70 cadernos, a maioria com textos poéticos. Destes encontram-se preservados 30 cadernos em escrita cursiva.

Cadeira 18

José Arteiro Soares Goiano nasceu e viveu, até os 17 anos, em “Sombra”, localidade pertencente ao distrito de Santo Antonio dos Azevedos, município de Crateús. Escreveu seus primeiros artigos no “Leoderante”, jornalzinho de um clube de serviço do qual participou ativamente. Bacharelou-se em Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito da UFC e pós-graduou-se em Direito Processual Civil pela mesma Universidade. Foi funcionário do Banco do Brasil. É professor concursado da disciplina de Direito da Universidade Estadual Vale do Acaraú e, desde 1997, está investido no cargo de Promotor de Justiça do Ministério Público do Ceará.

João Crisóstomo de Azevedo, natural de Crateús, foi funcionário do Banco do Brasil, ascendendo ao posto de advogado dessa instituição. Foi sócio fundador do Lions Clube de Crateús, membro da Comissão Editorial da Revista “O Jangadeiro”, de Fortaleza, e Orador Oficial do Lions Club. Bacharel licenciado em Letras pela Faculdade Católica de Filosofia do Ceará, publicou artigos na área jurídica e o estudo monográfico com o tema: “Cronologia de uma fatalidade”, acerca da morte de sua 1ª esposa.

Cadeira 19

Adriana Calaça de Paiva França é pedagoga e especialista em arte e educação, coordenou grupo de teatro e dança do Realejo e o núcleo de artes no SENAC/Ceará. Publicou artigo “A função social da arte” no livro [Des]caminhos da arte e educação (2005). É atualmente professora municipal e diretora do Sindicato dos Professores do Município e professora da Faculdade de Educação de Crateús – FAEC/UECE.

Nísia Floresta foi abolicionista, indianista, nacionalista e precursora dos ideais feministas no Brasil. É considerada uma das maiores mentes femininas do século XIX, tendo deixado – além de uma grande obra literária, um legado de luta pela valorização do verdadeiro papel da mulher. Lutava por uma educação igualitária: às mulheres o conhecimento e não apenas o bordado. Nasceu em Papari, no Rio Grande do Norte. Morreu na França, em 1885, após 75 anos vividos e 15 obras publicadas.

Cadeira 20

Francisco Aldo dos Santos nasceu em Crateús aos 16 de fevereiro de 1956. Filho do casal Zacarias Costa dos Santos e Emília Cordeiro de Melo. Concluiu o segundo grau em Administração de Empresas em Brasilia. Formado em Pedagogia pela FAEC/UECE. É amante da poesia, do cordel e da música.

Raul dos Santos Seixas – Um dos artistas mais cultuados da música brasileira, nasceu em Salvador, Bahia. Tímido na infância e adolescência, vivia trancado no quarto lendo e compondo. Seu sonho era ser escritor. Avançado para sua época, Raul compôs músicas que até hoje são executadas.

Cadeira 22

Antonio Edmilson de Sousa Lopes, “Edmilson Providencia”, despertou o interesse pela musica e poesia desde a adolescência. A inspiração vem acompanhando seus passos permitindo que sua produção literária verse sobre temas diversos.

Emanoel Cardoso, amigo de infância, amante da poesia, um jovem poeta, político de muita sensibilidade, boêmio e amante das artes.

Cadeira 22

Antonio Dideus Pereira Sales, poeta telúrico, cantor da vida e plantador de sonhos. Nascido no tórrido sertão de Independência no segundo dia do quarto mês do segundo ano da década de 1960, veio para Crateús, com os seus pais, quando tinha apenas três anos, e aqui viveu até 1997, transferindo-se para Aracati. Apesar da distância, não deixou de vir pelo menos uma vez por mês à cidade que considera berço. Sem resistir aos apelos de sua vocação, Dideus já produziu uma dúzia de livros que o colocam em posição de relevo no cenário cultural cearense.

Gerardo Mello Mourão, genial poeta, pensador, romancista, jornalista e político. Nascido em Ipueiras, ainda menino recebeu as carícias da brisa do Poti, quando aqui em Crateús veio estudar. Da sua impagável lavra de sua verve destacamos: O Cabo das Tormentas (1950), O valete de Espadas (1960), O País dos Mourões (1963), Peripécias de Gerardo (1972), A Invenção do Mar (1997). Um dos poucos escritores brasileiros indicados para o prêmio Nobel de Literatura, Gerardo Mello Mourão é considerado pela crítica um poeta grego reencarnado na literatura de língua portuguesa.