Este é o chão sagrado da Academia de Letras de Crateús na internet. Como um templo ecumênico, nele há espaço para todos que adoram cultuar a beleza da virtude, a simplicidade da inteligência, a singeleza do verbo, o fascínio da cultura, a liberdade da palavra, a profundidade do amor.
sexta-feira, 5 de dezembro de 2014
Suçuarana
A mira crava,
o frio instinto,
o ardente olhar,
na vítima a pulsar.
Tal bala no pente,
feito autômato.
O gatilho saliva
a se deleitar,
já separando
a carne do osso
no fio de navalha
cortando no ar...
Dispara!
Feito faca,
feito ânsia,
feito a fome,
pois a mesa,
em bandeja posta,
convida ao jantar!
Raimundo Cândido
terça-feira, 2 de dezembro de 2014
Corrupião
O tom negro das notas
é um rebuliços no sertão,
pela ação das ventanias,
furtando o ninho alheio
se fingido de politico,
astuto, que desdenha
na falsa disposição.
O amarelo da canção
denuncia a aparência
de um ser brejeiro,
larápio que nem fia
e só imita a melodia
que se ouve das matas
e mesmo assim, fingido,
melodiosamente assovia,
isento, o hino da
nação!
Raimundo Cândido
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