sábado, 1 de junho de 2013

Singeleza


Veias revolvidas à enxada
na ígnea nudez da caatinga
e sobram, ao fim da tarde,
singeleza isenta e solidão.

Suave é a vereda ao regressar,
um cabo de foice ao ombro
descansa do labor e o suor
pinga das calejadas mãos.

A ânsia do passo se acelera, 
alma rústica que se anima
a beber ardor e memória
na doce lembrança da tapera.

Fareja, ao longe, olor de ilusão,
o anuente olhar da companheira,
o latido do cachorro remelento,
o palrar do periquito resmungão.


Raimundo Cândido

segunda-feira, 27 de maio de 2013

ADRIANO ESPÍNOLA  DISSE SOBRE O LIVRO “ALTERAR VERSOS” DE LUCIANO BONFIM :
Olá Luciano,
Obrigado por ter me enviado seu livro "Aliterar versos", que li de uma assentada. A forma dos poemas lembrou-me logo o haicai com seus 3 versos; mas inovou ao trazer /você versos vibrantes/ porretas pulsantes: poesia/sonho sim sobre silêncio.
Os instantâneos, alguns ótimos; gostei muitíssimo do "Ressaca", 4 linhas dignas de um Dalton Trevisan; sensacional; assim como de "Torpedo", "Ãhã" e o "instantâneo/16".
Parabéns, meu caro!
Grd abraço, Adriano.