Vejo na luz difusa
um som do passado
vagueando no ar...
A Nave,
tal Arca de Noé,
fascina meu ser...
Ouço
os velhos reverendos
prostrados nas cruzes,
auteros, fervorosos
docemente afáveis:
a voz da inquietação,
o clamor de alerta,
e o brilho da ostentação!
Percebo,
no clarão dos vitrais
a iminente profecia
do capuchinho Vidal,
augure em iluminação,
divagando n’alma
inflamada no fogo
que arde no coração!
Raimundo Cândido
Outrora, quem sabe, maneirosas juritis...
A cerca, outras vezes, já não se destaca,
Pois nada mais cerca, são apenas estacas.
José Alberto de Souza disse...
Enxergas uma sobrevida
pairando no ar eterno
como se quisesse contar
uma história oculta
na solidão de paus a pique
cravados na terra morta.