domingo, 30 de janeiro de 2011

Cafezinho
.
Perninaz na espreita, ouço:
- O café está pronto!
Nem necessita, ele se diz.
Fragrante desde a aurora,
espirituoso e intenso,
ouro negro de luxuria e nobreza
apetitosamente ativo na xícara.
Meu olfato, cão de caça, fareja
bem antes do vapor de ébano subir.
Suavidade líquida, sólido deleite,
esplendor dos deuses.
Sugo, sôfrego, mais um cafezinho
e saio absorto, embevecido!

Raimundo Candido
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