sexta-feira, 9 de abril de 2010

A PUBLICAÇÃO DE UMA OBRA, O NASCIMENTO DE UM POETA

ROGERLANDO GOMES LANÇA LIVRO EM CRATEÚS
O LANÇAMENTO: TEATRO ROSA MORAIS, CRATEÚS
Encontro você no lançamento de meu livro de estréia CHÃO INAUGURAL, dia 17 de Abril / 2010, 19H30 no TEATRO Rosa Morais - Rua Francisco Sá, s/n°, Crateús, Ce.

A OBRA: Chão Inaugural

O livro foi dividido em três partes. Em todas, o poeta expõem-se e o que o inquieta: suas dores, os homens, os governos, a poética e a política.
Na primeira parte, os poemas são como que uma janela através da qual se entreve um “entrevado”: o iluminado.
Na segunda parte, Termos, o poeta, em peças curtas e discursivas dedica-se a perorar, atrás de grafar as “palavras mais irresistíveis”.
Na terceira parte, com poemas de temáticas diversas – infância, política, o mundo, enfim, suas inquietações –, o poeta encerra o livro indicando o desafio que a poesia épica representa nestes tempos de lirismo fácil: captação e escritura desta era de turbina.
O AUTOR : Rogerlando Gomes Cavalcante - Ano de nascimento? É o correspondente a 400 depois do ano da primeira edição (de 1572, produzida em casa do impressor António Gonçalves, de Lisboa) da obra máxima e fundante da língua – e poesia – portuguesas, Os Lusíadas, de Camões, no qual o Brasil é referido uma única vez. Aliás, essa “coincidência”, pode, quiçá, ser um bom augúrio poético, ou um acaso meramente simbólico: a publicação de uma obra, o nascimento de um poeta.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

(RAIZ DO) POEMA: TEOREMAS PRA NOS TANGER E OUTRAS ESQUISITICES

Este é o novo livro do poeta Raimundo Candido,
que será lançado no dia 16 de abril de 2010
O título já suscita grande curiosidade sobre como
um professor de ciências exatas
tece a teia incerta e inexata da poesia.
Esquisites?
Teoremas?
sensações?
Coisas de poeta mesmo.
So vendo para conferir!
Prestigie!

EXPEDIENTE DO ABSURDO - Rogerlando Gomes

Da americana República Federativa do Brasil
O mais farsesco e, brasileiro, mais latino – e ladino –
Presidente, essa terra assistiu cuspir – Cuspiu
Glórias inverossímeis e, por sabedoria, pus e desatinos.


E se não nos, porque a mim, não, vos representou.
Vossa soberba, vossa empáfia, vossa sagacidade,
A vos que dele e por ele e nele e ele também espelhou
À arrebatadora miséria de impronunciada felicidade.


Ouvi rumores de risos de despossuídos – e lautos – vindos
De fóruns, da caatinga, das matas, de alagados,,, rumores de continental
E de incontida global satisfação de mesmerizados indivíduos
Que vislumbraram grandezas, a negarem-se à pequenez do que real.


Esse real que feito de medidas humanas ao surreal
Das coisas apenas em palavras constantes desfaz
E impacta assim muito mais e definitivamente tal
Só a Natureza por si sobre nós e sobre si mesma se faz.


Da metamórfica República Federativa do Brasil
Não espero nada que não seja assim fantástico,
Que não fascine o mundo: uma cuspida no rio
Do presente que congele o universo e degele o ártico.


E o absurdo disso tudo não surge nem vem do Oriente
Nem lá da África, ou irrompe cá no Ocidente ou ali na Oceania
E, se é com o que me atrito, não advém de gente, mesmo e se, rente,
O absurdo é do mundo – e humano, e deles meu expediente e poesia.

POETA RAIMUNDO CÂNDIDO LANÇA NOVO LIVRO

O poeta professor Raimundo Candido lança, neste dia 16 de abril o seu novo livro: "poema(raiz quadrada de), teorema pra nos tanger e outras esquisitices²". A noite de autógrafos ocorrerá no CEJA, a partir das 20:00h.
O CEJA Professor Luiz Bezerra está situado na Rua Luiz Chaves de Melo, 530, Bairro Cidade Nova, proximo a passagem molhada que dá acesso ao Bairro das Cajás.
Todos estão convidados a prestigiarem mas essa invençao da literatura de nossa Cidade!

domingo, 4 de abril de 2010

TARDE URBANA


Tarde Urbana, extensão harmoniosa,
Quanta bondade eu queria possuir
Para estender-me sobre o pomar
De teu largo peito silencioso.

Deixa que venha e passe, Tarde Mansa,
Dentro da casa do meu sonho,
Toda clareza sem medida,
Toda a prática mal pensada,
Todos os passos feitos de infância,
Todos os vôos cheios de azul,
Todos os destinos que tiveram
Por pétala somente o Pão,
Por rumo apenas a Liberdade.

Traz a mim, Quadro Cristalino,
Terra Dura, Barro de Afeto,
Os castigos que mais te doeram,
as visitas que mais te alegraram,
tuas reconstruções mais felizes,
a brasa que mais te ardeu
durante o Fogo do Combate
e a música que aprendeste
da Bandeira Vitoriosa!

Dá-me, ó Pensativa Tarde Calma,
De água secreta e sino parado,
Que sentes o peso do Dia
E sabes a espera da Noite,
A borboleta de Luz sobre o leito,
O horizonte que ninguém imaginou,
A ponte invisível que liga
O morro dos lábios da União
Ao coração da estrada da Amizade.

Que na minha contemplação
Estejam presentes o estouro distante,
Os raios áureos do teu ocaso,
A flor germinal, a rosa organizada,
O sol que banha as palmeiras,
As folhas que conspiram escondidas,
As pedras que se plantam nos rios,
O dínamo que movimenta os seres,
O edifício construído na areia
Mas que eu possa sentir, sobretudo,
O humano sorriso ... sobre tudo.

Arvore Pura, Tarde Urbana,
Vivei em mim e sobreviverei
Á minha própria morte,
Cantai para mim e caminharei
Com a estrofe mais bela da Terra,
Subi comigo e voarei
Pelos espaços da alegria perene,
Oferece-me tua Paz nua e terei
Um amor mais amplo que o infinito!
(Júnior Bonfim, in Poesias Adolescentes e Maduras)