terça-feira, 25 de março de 2014

AMIZADE

                                                        CARLOS HOLANDA

Amizade essa essência
Fortalece a confiança
Faz bem a consciência
Guarda tudo na lembrança
Daquele que é bom amigo
Mesmo estando  distante.

Amar exige atenção
Amizade é bom sentimento
Guardado no coração
Mas pode causar sofrimento
É cuidado e compaixão
Partilhado com o irmão


Aquele que não percebe
O que é zelar o amigo
Não passa de pobre plebe
Que faz maldade e intriga
Complicando a sua vida
Deixando de ser feliz
Faltando-lhe diretriz


Desejo que você tenha
Respeito, zelo e caridade.
E que esses sentimentos
Fortaleça a amizade
Proporcionando aos amigos
Paz e amor e abrigo.


Não perca tempo, portanto.
Aprenda e preste atenção
Seja feliz com os amigos
Aproveite a ocasião
Comemorar em seu festim
Suas amizades sim.


Pense e reflita agora
Como está essa história
E me diga sem demora
Não precisa de oratória
Para que o seu amanhã
Seja sempre de vitória

Não posso esconder
Todas as boas amizades
O que quero é agradecer
Só de ver tanta bondade
E que todos entendam bem
O valor que a amizade tem

A história da amizade
Você precisa entender
Cativar e  evitar maldade
E também compreender
Que ter amigos é crescer
Fortalece o próprio ser


Amizade é uma riqueza
Sabe aquele que o têm.
E afirmo com certeza
Que  amizade é um bem
Você tem que acreditar
Sem mesmo desconfiar.


Desejo a todos então
Amizade e muita paz
No amor e comunhão
Seja sempre contumaz
Faça o amigo feliz
Pois você é capaz

AUTOR: Antonio CARLOS HOLANDA da Silva - Professor, radialista e palestrante - Fortaleza -Ce, 19 de março de 2014.



Lua Tríplice



Afeiçoa-se, ingênua,  
lua de primavera,
menina em vigor,
deusa e promessa.

O viço que brotou
na fase donzela
foi luar de verão,
feito lua amorosa.

Cumprir-se-á, sempre!
Ramo maduro
que decai, infalível,
a outonal anciã.

Vem, ferina crescente,
lua cheia em fulgor,
e vai-se, fêmea minguante
vogando ao poente.

Raimundo Cândido


domingo, 23 de março de 2014

Quase Poesia

Às vezes as flores brotam nas fendas das rochas e exibem o poder invisível que há no cerne das coisas.  Como magia que nos alumbra e, repentino, vai desvelando a pureza que surge de onde menos se espera. Soube destes sucedidos milagres quando o poeta João Cabral de Melo Neto concretou seus versos, duros como pedras, mas com uma engenhosidade poética que me fazia, e ainda faz, chorar...

Meus olhos, absortos e incrédulos, brilharam de emoção ao terminar de ler (Sorver!) o livro QUASE POESIA do engenheiro-poeta Humberto Rodrigues Paz, meu amigo Cancão, que traz, magicamente, o engenho de Cabral na oralidade de Patativa do Assaré. Não sei o que faz, nesta periodicidade rara da vida, surgir do duro concreto, dos cálculos inalcançáveis, dos fios de prumo e das aglutinantes argamassas tanta sensibilidade, tanta essência poética, tamanha inspiração calculada em rimas e métricas num livro que me fez pensar: É o primeiro QUASE que percebo ser mais que perfeito! Praticar o verso como quem manuseia o concreto armado, buscando um equilíbrio, uma simetria e usando palavras como tijolos é coisa de pura magia. Vocês perceberão o que afirmo lendo os poemas e as memórias deste grande poeta que canta a natureza e amor e ainda se chama Paz

Como o Cancão, pássaro curioso da nossa Caatinga, nada passa despercebido ao poeta Humberto (Solitário Navegante) que, num aguçado olhar amoroso, mostra sua sensibilidade, quando proclama: “Quem ama não envelhece / O tempo lhe será leve / Que nem a luz do luar / O voar dos colibris...” Até que enfim, em Crateús, emerge mais um grande poeta para cantar as belezas da Ribeira do Poti.

Raimundo Cândido