sábado, 14 de novembro de 2009

“CEM ANOS DE SOLIDÃO”

Lugar comum
ermo e frio,
deserto
de desdém
e marasmo,
aí vivo...
ou melhor,
meus dias passo!

O descampado
em que existo
é um templo
livre do tempo,
remota capela
em que rezo
minha incivil
solidão!

Secular convívio
com minha
triste sombra,
que me segue
indócil,
ao sol nascente
e sobre passa
apressada
a mim, antecipando
o ocaso
o meu poente!

(Por Raimundo Candido Teixeira Filho, da Academia de Letras de Crateús)

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