quinta-feira, 20 de maio de 2010

DEZESSEIS ANOS

Dezesseis anos... instante solene
É este em que inauguramos
Na agitada bandeira adolescente
Os nossos anos dezesseis...

Que poderia eu dizer-te
Pelo teu aniversário, pela minha vida?

Só posso te dizer o que é possível
Dizer uma pessoa que ama
Com amor
O que não é amável!

Tenho apenas aquilo que é tudo:
O sorriso de infância, a alegria permanente!
E a alegria te envio
Como uma carta transparente.

Eu sou, camponesa, o errante menino
Que não se banha com lágrimas
Nem experimenta roupas de tristeza.

Ando somente com uma luz suave
E tudo aquilo que me toca
Sente o poder da amizade.

Agradam-me os violões
E as músicas que lhes saltam.

Admiro os pássaros... e quando saio voando
Tenho o coração mais vasto que o horizonte azul,
E o Sol luminoso a cada dia de Paz
Afasta de mim as dores e cicatrizes.

Para esta aventura te convoco, amiga,
Como uma abelha que convida outra abelha
Para conhecer a Árvore de Mel.

Quero que a partir de agora passes
A pertencer ao que é fecundo e germinal:
À vontade de nascer – das sementes
À teoria silenciosa – das noites
À fúria juvenil – dos ventos
À claridade derramada – das manhãs
À floração colorida – das primaveras!

Sou apenas aquilo que não sou
E por isso te desejo que sejas
Aquilo que hoje tu não és!


(Júnior Bonfim, em "Poesias Adolescentes e Maduras")

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