
Habita-me dois sujeitos e um só predicado!
Um diz ao outro, com certo sentido e razão:
– O que vale é a pataca no bolso, Raimundo,
esse lero-lero literário de tua poética afetação
é inútil, do teu poema exala um ar de excreção!
Replica o outro a advertir, com argumentação:
– Meu insensível amigo, deixe de incivil ganância,
a vida não é só o cobiçar de Money que a sustenta ,
há um humano apreço que degustamos na poesia!
Hábil piloto, este predicado, que me norteia ao leme
num atributo máximo de si,como de hábito fraseia:
– A opulência da vida é um belo prato de pão e poesia,
calem-se os dois e aprendam a conviver em harmonia!
Raimundo Candido
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