terça-feira, 26 de abril de 2011


O Bêbado

Achegou-se ao botequim, assim... retraído!
Fingindo... dissimulando uma intenção.
Nem parece que dormiu pensando nela.
Num roí-roí dos nervos, numa submissão!

Do simples prazer brotou o costume.
Do hábito veio o pesadelo de um vício
que ele nem notou. A corrente atada
aos pés, a porta da masmorra que se fecha.

Abranda a sequidão pela abrideira
e daí inúmeras saideiras até a caideira
vergonhosa, deprimente pelas coxias
de um ser humano avinhado em álcool.

Após a imunda cuspida ao pé do balcão,
lúgubre, triste, como sepultura do cidadão
esparge uma ao santo e outra ao diabo
que já vem engarrafado e de encomenda!

Raimundo Candido
WWW.raimundinho.hpg.com.br

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