sexta-feira, 4 de maio de 2012

Ainda há mundos, além do asfalto, do caos rodoviário, do concreto e do absurdo metropolitano

Por Teddy Williams


Quando saio de Fortaleza em direção ao sertão, em especial a cidade de Crateús, dando umas voltas também às cidades de Nova Russas e Hidrolândia, um novo mundo se apresenta e tudo se transforma. Até chegar, algumas longas horas de estrada, de ônibus ou carro.
  Chegando lá, a vida se modifica de fato. O tempo e as pessoas ainda correm menos, mesmo diante da correria da globalização, da exploração do homem pelo homem e de outras injustiças sociais.
  Vou me situando com as novidades do dia, da semana, do mês. Vou vivendo uma nova vida, ligada a que tenho de caminheiro, com outros olhares e outras estradas, amigos por esse nosso Brasil. Mas lá existe uma transformação também. Quando chega o fim de semana, as histórias continuam, com outros ares, sabores, luzes, olhares e lugares.
Em alguns passeios, depois de minutos na estrada, chegamos ao Arvoredo. Lá, dependendo da hora e do dia, geralmente antes do almoço, uma especialidade diferente a mesa. Sabores da terra, preparados por mãos amorosas, felizes em compartilhar, uma característica real do sertão. O alimento é criado e/ou cultivado na própria casa, sem venenos e outras coisas nocivas a nossas vidas.
  Alguns minutos depois, mais felizes ainda, vamos as redes, cadeiras e até no chão... um cafezinho e uma boa conversa, quem sabe até uns cochilos. Eu durmo e ronco....fazer o quê?
  No antigamente, em meu tempo de cervejas e/ou vinho, uma bebida para refrescar e ficar na rede real. Curtir o alpendre da casa e viver uma outra vida, menos louca, menos agitada, mais cheia de luz.
  São muitas poesias para se viver e histórias para se escrever, pois é também uma terra de muitas realizações e acontecimentos.

 

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