segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Trem

A praça se vestia de tarde
para acolher o trem,
e tudo tinha um gosto
de nublado algodão doce.
O impaciente olhar
 reduzia o horizonte,
antecipando um ritmo
que já vinha ao longe,
 veemente obra de arte
rimando com os trilhos.
A imensa cobra metálica,
sufocada na bitola,
arfava uma fumaça
asmática e branca
irada na fuligem,
 regressava à estação
                       para desafogar saudades,                     
         num magoado apito:       
- Piuuuíííí!!!

Raimundo Candido
academiadeletrasdecrateus.blogspot.com.br

Jose Maria Bonfim- medico cardiologista disse...
Não precisa falar da luz pura e não mitica que avulta de suas letras. A vida é assim. A sua mãe minha professora, a quem eu devo tanto, admirava-se da minha redação. Dizia que eu seguia meu tio Mons. Moraes, grande orador sacro e excelente poeta, eu sou mto pequeno diante do vulto do velho cura. Mas a mãe que olhva longe, não enxergava no seu regaço, o poeta maior e o cronista portentoso. Mas quando vc fala de trem, meu coração se apressa na lentidão molhada da saudade. Pediria sua licença para incluir sua poesia e sua bela cronica no livro que estou escrevendo pelo centenário da nossa velha Estação, a catedral onde meu pai pontificou e,lá onde eu viverei para sempre. Parabéns.

Raimundo Candido disse... 
Ilustríssimo Dr. José Maria Bonfim, sinto-me honrado com suas palavras, já que parte de um grande literato e lhe agradeço a consideração de colocar minhas singelas escritas no seu livro. Um grande abraço.

Um comentário:

  1. Jose Maria Bonfim- medico cardiologistasegunda-feira, 13 agosto, 2012

    Não precisa falar da luz pura e não mitica que avulta de suas letras. A vida é assim. A sua mãe minha professora, a quem eu devo tanto, admirava-se da minha redação. Dizia que eu seguia meu tio Mons. Moraes, grande orador sacro e excelente poeta, eu sou mto pequeno diante do vulto do velho cura. Mas a mãe que olhva longe, não enxergava no seu regaço, o poeta maior e o cronista portentoso. Mas quando vc fala de trem, meu coração se apressa na lentidão molhada da saudade. Pediria sua licença para incluir sua poesia e sua bela cronica no livro que estou escrevendo pelo centenário da nossa velha Estação, a catedral onde meu pai pontificou e,lá onde eu viverei para sempre. Parabéns.

    ResponderExcluir