sábado, 11 de maio de 2013

PROCURA-SE!



Uma translúcida forma de vida
que borboleteou-se nos ramos silvestres
desvelando-se num encanto,
pois ao furtar a luz com suas pétalas,
acordou o ciúme das flores do campo!
Foi a Flor de Algodão?
Não! Ela só é alegria e afeição!
Teria sido a Flor da Catingueira?
Que doa-se em amarelidão
e há quem, assim mesmo, a queira...
Não! Não!
Então a Flor do cacto,
pelo êxtase e pela cor
firmando-se num pacto?
Também não!
Ah, a Flor do cajueiro...
Aquela que se usa para o amor ligeiro?
Ou a Heliconia enganosa,
num colorido colar venenoso?
Ou o talo felpudo em neve
da jurema preta?
A incrível forma roxa e laboriosa
da flor do maracujá... Será?
Ou a pérola pura e rosa
e branca e bela do Muçambê?
Ou o broto vermelho do Pião
que se oferta em comunhão?
Com certeza, essas formosas, não foram!
Elas padecem! Elas choram!
Infunde-se todas as suspeitas
sobre a cigana GITIRANA DE LUZ
que, entre as flores mil,
voluptuosa brilha, brilha... E reluz!
RAIMUNDO CÂNDIDO


Zacharias Bezerra de Oliveira disse...
E se reproduz num brilhar profundo
como aquela majestosa flor
do pé de mufumbo
e o profundo amor
do poeta chamado Raimundo!

Um comentário:

  1. E se reproduz num brilhar profundo
    como aquela majestosa flor
    do pé de mufumbo
    e o profundo amor
    do poeta chamado Raimundo!

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