Silêncio...
O espírito da mata
prescreve calmaria!
Astúcia... Precaução...
Esquivam-se as plumas!
Não piam, a rolinha,
a sariema e o cancão!
Avizinham-se passos...
Machado à mão!
Pá... Pá... Pá...
Som furioso e seco,
tal qual o desespero,
impregna o ar,
pendoa amargura
a escorrer da pele
lisa e nobre
do tronco musculoso
e oleoso da imburana!
E a resignada mata-branca
em pranto negro-triste
abafa o longo silêncio....
Raimundo Cândido
Ah, estas árvores que nos dão sombra,
ResponderExcluirque purificam o nosso ar,
aos poucos vão se tornando virtuais
ante a imagem real do fogo e do machado.