Havia um rubro som
crepitando na luz
e essência das sombras
de nenhuma valia...
Havia!
Havia uma aguda luz
cintilando ao som
da penumbra pífia
de pouca serventia...
Havia!
Repulsa e compaixão.
Havia!
Consolo e aflição.
Havia!
Ausência e presença
de um Deus singular
no meu “eu” plural.
Havia!
Um sanguíneo violino
incendiando a luz,
que arrebata o som...
Havia!
E o fogo no ar...
Havia!
Raimundo Cândido
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