terça-feira, 4 de janeiro de 2011

CRATEÚS DA MANHÃ SEGUINTE (Lourival Veras)


minha boca esse apelo
sua pele outros pêlos
corpo de novo sê-lo
outra vida janeiro

e não me venham com essa
de quando fevereiro chegar...
saudade já me mata agora
no instante mesmo em que miro a porta
que me leva a lugar nenhum em que você está

sobretudo agora
o fosco baço leitoso neblina poeira
sobre a estrada da manhã seguinte

o futuro é um agente
da
scotlad yard...
aqui a gente só ouve falar
.
.
Elias de França disse...
Que bom poder voltar a lê-lo, Sê-lo novo, ou de novo, e com versos tão singelos, como a propria vida, e ao mesmo tempo tão profundos, capazes de nos medir quão distante é Crateús da velha Londres da nova scotlad yard; o agora janeiro nasciturno do carnaval que não se consegue mais pôr como uma promessa; quão distante, enfim, o tempo ideado nos nossos sonhos do futuro decidido além sertões, no centro do mundo, que, por certo, nunca foi aqui.
4 de janeiro de 2011 10:52
Isis Celiane disse...
Que bom ter Lourival Veras no blog, assim posso conhecer melhor suas criações, que de início já me agrada muito. Continue postando e encantando nossos olhares com tão belos versos.
Terça-feira, 04 Janeiro, 2011
Raimundo Candido disse...
Garimpa-se bem pouca coisa boa nestas eras de insensatez, de aflição, de sonho desfeito.Há exceção, é a veia repleta que há num sujeito que passa agora com seu laurel: LOURIVAL VERAS!

2 comentários:

  1. Que bom ter Lourival Veras no blog, assim posso conhecer melhor suas criações, que de início já me agrada muito. Continue postando e encantando nossos olhares com tão belos versos.

    ResponderExcluir
  2. Garimpa-se bem pouca coisa boa nestas eras
    de insensatez, de aflição, de sonho desfeito.
    Há exceção, é a veia repleta que há num sujeito
    que passa agora com seu laurel: LOURIVAL VERAS!

    Raimundo Candido

    ResponderExcluir