Cantilena à Princesa
Foste em teu calor escaldante e sol brilhante, uma quimera...
agora, alvorecendo, empunhar raios do teu brilho eu quisera,
como os brutos diamantes te lapidam e burilam...
uns instigam a tua vinda, outros duvidam que tu hás de nascer,
limitados em mente não percebem ainda que tu já veio;
desce sobre o Alto as inspirações das Musas enquanto...
a flauta ou os pífanos soam ao teu anúncio que é constante como a luz estrelar;
de imediato, o vento vindo do Oeste sopra um ralho arrebatador
e, os ouvidos se aguçam para compreenderem a melodia da natureza!
Porém, os ventos nos trazem nuvens de todas as partes,
regozijam-se os pássaros; os colibris da Caatinga agora têm néctares a sugar;
identifica-se a exuberância de tuas matas no inverno duradouro ou passageiro
no momento em que se recolhe e se exibe como seca ou como esverdejante;
com isso deduzem que tu renova-se a cada tempo;
e as gotas do céu formam notas que se entremalham nas vozes das aves,
se pudéssemos então perceber, neste momento a água transpassando a terra...
aí, veríamos a beleza da Criação, gerando vida, luz e saber!
diante de tanta majestade, no decorrer de tantas lutas, de sonhos...
o orgulho vitorioso não o desdenhoso, brota em nosso seio!
Os campos não somente iluminados pelo Sol e sim pela Tocha do saber,
entram com as mais belas variações de cactos que compõem nossa paisagem;
se os poetas antigos aqui vivessem, (e vivem), também sentiriam todo este clímax...
também enxergariam o veludo verde que tu, como concreta e majestosa se veste
e é por isso que as línguas dos poetas e dos músicos te chamam Princesa do Oeste!
Éricson Fabrício
(Educador e Poeta)
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