terça-feira, 29 de novembro de 2011

VEM AÍ...


Crateús: As Origens
“[...]provavelmente, lá pelo início do século XIX, num ponto da Serra Grande ou Serra da Ibiapaba, à altura do hoje distrito de Montenebo, no município de Crateús, região centro-oeste do Ceará, vivia um grupo de indígenas abrigados numa furna. Viviam da coleta de frutos e raízes, da pesca e da caça de mocós, cotias, queixadas, jacus e outros pequenos animais. Difícil sobrevivência, principalmente nas épocas de estiagem, quando recorriam à captura de gado que era criado à solta e que, por não terem a mesma noção de propriedade do homem "branco", consideravam como animais de caça semelhantes aos outros existentes naquela região. O gado, no entanto, pertencia ao proprietário da fazenda Bebida Nova cujo dono era José de Barros. Sentindo falta de reses e ovelhas o proprietário mandou investigar e descobriu que os animais estavam sendo caçados pelos índios.” (Luís Carlos Leite)

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"No imenso vale do Rio Poti, que mede 120 quilômetros de largura por 180 de comprimento, predominou a civilização do Couro, pois, a partir do couro, se faziam praticamente todos os objetos necessários à vida do sertanejo, através de um rico artesanato, vez que as áreas para a criação de gado se concentravam no sertão. [...]O município de Crateús é essencialmente de vocação agrícola e pastoril e sua economia, ao longo do tempo, teve como suporte maior o ciclo da carnaúba, com a exportação da cera e o artesanato da palha da chamada árvore da vida. A oiticica, a mamona, o algodão, as peles de caprinos e ovinos, as peles silvestres e o couro do boi foram nossos produtos de exportação durante décadas, mas, hoje, nada mais representam economicamente para o município.
[...]Nestas condições, a cidade está completando o seu centenário em novembro vindouro, e vai, inacreditavelmente, sobrevivendo, com boa parte de sua população ostentando luxuosos carros novos, nacionais e importados, com o comércio aquecido e com grande valorização de seus imóveis. Numa análise perfunctória, diríamos que em Crateús dá-se um milagre econômico, pois a cidade não para de crescer, a construção civil caminha a passos largos e o setor de serviços se mantém em pleno aquecimento. Grandes empresas de eletrodomésticos se estabeleceram na cidade e aqui fazem bons negócios." (César Vale)
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"Quando aqui chegaram, bandeirantes e sesmeiros, como: Domingos Afonso Sertão (Mafrense), Bernardo Pereira Gago, Julião Afonso Serra, Francisco Dias De Ávila, Leonor Pereira Marinho, Vital Maciel Parente e Luiza Passos, trouxeram consigo a força física e o pensamento trabalhado para dominar, não só essas terras, mas o Nordeste.
Esse homem colonial da época caminhava, com firmeza, por atalhos e matas virgens, atravessando rios com suas famílias, Terços e serviçais, que, por vezes, eram acometidos por infortúnios no corpo, na alma e nas ideias." (Cheyla Mota)

"Naquele tempo era comum se conceder terras para serem exploradas, por brancos que instalavam fazendas de gado e exploravam a agricultura. As terras eram cedidas pela coroa dentro dos costumes normais. Os primeiros sesmeiros vinham acompanhados de familiares, agregados e escravos. Estes desenvolviam serviços domésticos e auxiliavam nos trabalhos das fazendas lidando com gado e outros animais. Nenhum direito lhes era concedido e apesar de tudo ainda eram maltratados pelos patrões. Era vasto o território a ser explorado e os fazendeiros pouco se interessavam por elas. Por isto existiam grandes áreas de terras abandonadas. Dona Luiza Coelho da Rocha Passos, baiana da Casa da Torre, interessada em instalar aqui uma fazenda de gado conseguiu com Dom Ávila uma posse destas terras. Instalou a fazenda e deu-lhe o nome de Fazenda Piranhas. Alguns historiadores informam que este nome originou-se por causa da grande quantidade deste peixe no rio Poti. Porém, há outra versão que este nome decorre em razão da localidade Piranhas, em Alagoas, ser a terra dos ascendentes de dona Luiza." (Flávio Machado)

"O imperativo de consciência, de que falamos, pretende-se ao desgosto que temos – assim como vários crateuenses que não tem voz – em se acoplar o nome de Crateús dos Inhamuns. Nada mais falso. [...] Só um dado topográfico já separa os dois regionais: Crateús é sertão. Tauá, um planalto, um platô. A identificação errônea "Crateús – Sertões dos Inhamuns" tem um braço mágico oculto... Trata-se de um plano montado fora de Crateús – extras muros – para o desvio de obras para os Inhamuns. Enfraquecendo economicamente Crateús, quebra-se o status da cidade, como centro irradiador do centro-oeste, e abre-se uma porta larga para políticos às botas, à cata de votos, não comprometidos, tornando Crateús um magnífico, porem, mercado persa, com bancas de botos, vigorando o toma lá, da cá! Como não sabemos conjugar o verbo ter medo, fomos levados a revelar este imperativo de consciência... Permita-nos o leitor uma frase singular, com um toque de ironia e rima, acerca do que acima contestamos: comparar sertões de Crateús ao platô dos Inhamuns significaria também comparar Frei Damião com pneu de caminhão." (Pe. Geraldinho)
UM GRANDE PRESENTE PARA CRATEÚS
Mais 100 para todos os crateuenses!!!

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