domingo, 11 de agosto de 2013

Goela



Aorta pletórica do sertão!
Touro indomável
escramuçando ao vento,
arrastando assombros, 
receios e medos
e mesmo assim 
mergulhávamos
na efervescência 
das águas revoltas
e o sedoso vento 
em nossos rostos
avivava a adrenalina 
na alma infantil
que subjugava 
um selvagem potro,
 sem crinas!
Ainda fluímos,
a pique, por entre
as pedras liquefeitas
de uma triste Goela 
cordialmente estagnada, 
nas locas do tempo!

Raimundo Cândido

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