Aorta pletórica do sertão!
Touro indomável
escramuçando ao vento,
arrastando assombros,
receios e medos
e mesmo assim
mergulhávamos
na efervescência
das águas revoltas
e o sedoso vento
em nossos rostos
avivava a adrenalina
na alma infantil
que subjugava
um selvagem potro,
sem crinas!
sem crinas!
Ainda fluímos,
a pique, por entre
as pedras liquefeitas
as pedras liquefeitas
de uma triste Goela
cordialmente estagnada,
nas locas do tempo!
Raimundo Cândido
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