quarta-feira, 10 de junho de 2015

Fogo no ar...


Havia um rubro som
crepitando na luz
e essências de sombras
sem nenhuma valia...
Havia aguda luz
cintilando ao tom
da morta penumbra
sem nenhuma serventia...
Havia repulsa
e compaixão havia!
Havia consolo
e aflição havia.
Havia ausência
e a presença
de um Deus singular
no meu “eu” plural,
também havia!
E o sanguíneo violino
incendiando a luz
que arrebatava o som?
Havia!
E o fogo no ar?
Havia!


Raimundo Cândido

Um comentário:

  1. A luz incendiava por entre a fresta
    num canto da Igreja,
    mais um dia de canícula se anunciava
    para a gente suportar
    num conformado suplício.

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