terça-feira, 7 de julho de 2015

Furna dos Caboclos


Sob os braços da Cruz
uma Furna resguarda
seus mortos e seus ossos...
E meu ser, pasmo, indaga:
O que ouve aqui?
É tanto pesar!
É tanta tragédia!
Gravado na rocha
um desenho mostra
o seio profanado!
Uma ofensa assopra
de um fojo sagrado
no meu coração assustado
que não abrange a solidão,
o enigma e a imensidão
guardados na Furna
com muitos ossos,
seus tantos mortos...
Raimundo Cândido

Um comentário:

  1. Ali os mortos são relegados ao esquecimento,
    sem lápides ou memórias na cova rasa,
    nenhuma pedra para marcar
    sua meteórica vida como gentio.

    ResponderExcluir