quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Por que fiquei da minha aldeia.


                                                                     
Ouvir o chamado,
vivo, nítido,
irrecusável,
eu ouvi!
Os meios, a ocasião,
e os álibis estavam ali,
aos meus pés alados,
e não parti!
Permaneci pousado
num galho seco
em tempos de arribação.
E fluíram todos, arrojados,
livres e aos bandos!
Regressaram, um a um,
para abrandar o vazio do peito.
E voltarão, como de praxe
mas, não para ficar!
Ficar... Fiquei eu!
É que as asas criaram raízes!

Raimundo Cândido


Um comentário:

  1. O trem vai passando,
    amigos, conhecidos vai levando
    e eu sempre acenando, vou ficando,
    a nova gente chegando,
    vou me adaptando,
    até quando?

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