Lata d’água
Iam pingando, os furos da lata,
vazando angústia e solidão.
Iam gotejando diluídas Marias,
generosas Rosas no sertão.
Ia ensopando a rodilha, escorria
os cabelos, o vestido de chita,
os ofegantes seios de algodão.
Um fascínio aquoso vertia
feito água benta ao chão.
Raimundo Candido
www.raimundinho.hpg.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário