quinta-feira, 26 de maio de 2011

Lata d’água

Iam pingando, os furos da lata,
vazando angústia e solidão.
Iam gotejando diluídas Marias,
generosas Rosas no sertão.
Ia ensopando a rodilha, escorria
os cabelos, o vestido de chita,
os ofegantes seios de algodão.
Um fascínio aquoso vertia
feito água benta ao chão.

Raimundo Candido
www.raimundinho.hpg.com.br

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