domingo, 29 de maio de 2011

                            Tarrafa

Era o braço que se esticava como uma corda
e se abria em flor, desabrochando
sobre minha epiderme líquida.

Bailavam repetidas vezes, como um par,
a rodopiar, debulhando-se ao vento
para o abnegado sangue fluvial.

Daquele tarrafear bíblico e invulgar milagre:
“— Navega ao largo e lançai as redes! “
arrojo-me a cardumes à luz do dia.

No arrastar de malhas é que sempre me sei,
como uma realidade vital de me perenizar
a toda fome, só pelo mero ato de pescar!

Raimundo Candido
www.raimundinho.hpg.com.br

Chico Pascoal disse...

Meu velho pai bem que tentou me ensinar a jogar tarrafa. Não aí no Poty, mas no Rio Grande, em Barreiras, Bahia.
Eu jogava, só abria a metade. Inventei sem querer a técnica da meia-lua.

Quarta-feira, 01 Junho, 2011


Um comentário:

  1. Meu velho pai bem que tentou me ensinar a jogar tarrafa. Não aí no Poty, mas no Rio Grande, em Barreiras, Bahia.
    Eu jogava, só abria a metade. Inventei sem querer a técnica da meia-lua.

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