segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Chuva


 




A chuva já vem!
Corre... recolhe
as redes e os lençóis
estendidos no varal!
 
A chuva já vem!
Depressa...agasalha
no alpendre a lenha,
o carvão e a flor de cal.

A chuva já vem!
Ligeiro... pega o pote
e põe debaixo
da fonte do beiral!

A chuva já vem!
Oh, garoto traquina,
já foi ao banho na bica!
Arreda... este sereno lhe faz mal!

 Raimundo Candido
Louvival disse...
 
Bonito ver o seu processo criativo, poeta. Como chuva que, de um fiapo dágua a escorrer no chão esturricado do sertão, transforma-se num mar revolto, pegando-nos por nossas memórias mais caras. Vi 3 versões desta chuva, e cada uma mais atraente que a outra, todas cada vez mais belas! Oxalá isto prenuncie um inverno farto e feliz. Precisamos.

José Alberto de Souza disse...

À beira mar, a gente esquece dos irmãos aí do sertão. Mas quando se está na cidade, reclamamos da nossa canícula e ai sim clamamos por esse aguaceiro benfazejo.
Que alegria maior pode existir para um moleque do que um banho de chuva?

2 comentários:

  1. Bonito ver o seu processo criativo, poeta. Como chuva que, de um fiapo dágua a escorrer no chão esturricado do sertão, transforma-se num mar revolto, pegando-nos por nossas memórias mais caras. Vi 3 versões desta chuva, e cada uma mais atraente que a outra, todas cada vez mais belas! Oxalá isto prenuncie um inverno farto e feliz. Precisamos.

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  2. À beira mar, a gente esquece dos irmãos aí do sertão. Mas quando se está na cidade, reclamamos da nossa canícula e ai sim clamamos por esse aguaceiro benfazejo.
    Que alegria maior pode existir para um moleque do que um banho de chuva?

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