Vi, com olhos de vidro, estáticos,
fixos no horizonte, o despachar
dos últimos raios do sol!
Vi, no silêncio iminente de um nada
o peso de tudo, feito o crepúsculo a flutuar
na perplexidade do pássaro que sou,
pousado em galho seco
para um breve pernoitar!
Haverá um novo dia?
Renascerá o deus Sol,
fundamento e fonte de vida?
Interrogo-me, no amplexo da noite
com pálpebras que pendem
cerrando-me no medo do breu,
dentro dos sonhos obscuros,
como revoada aflita
de asas noturnas
tal qual acalanto de ninar.
E vejo, o pássaro da escuridão
que sempre me abandona
no vespertino
crepuscular,
despertando o mesmo gorjear,
inconsolável e imperfeito canto
de meu abandono e minha solidão.
Raimundo Cãndido
José Alberto de Souza disse...
Sentir-se vivo
ao despertar de um novo dia
e acompanhar o périplo solar
na ansiedade do inesperado
que está para ocorrer
nas próximas horas?
José Alberto de Souza disse...
Sentir-se vivo
ao despertar de um novo dia
e acompanhar o périplo solar
na ansiedade do inesperado
que está para ocorrer
nas próximas horas?
Sentir-se vivo
ResponderExcluirao despertar de um novo dia
e acompanhar o périplo solar
na ansiedade do inesperado
que está para ocorrer
nas próximas horas?