Herdei dos portugueses, na certa,
como aponta a minha descendência,
uma forte tendência a Macunaíma!
Não fosse o vento das necessidades,
na rede ficava, a me balançar...
Na quietude do deus dará,
esperando que se faça,
como Ele faz com os lírios do campo
e as aves silvestres, em brisa
complacente, venha me alimentar!
E, aturar este meu grilo falante,
ao pé do ouvido, uma agonia irritante,
é que me estraga o dia:
- Levanta, Raimundo!
Anima-te, encara o mundo
e vai trabalhar... Vagabundo!
Amigo, me conceda uma mercê,
leve esse grilinho falante para você!
Raimundo Cândido
José Alberto de Souza disse...
Conduz-me o sono letárgico
ao repositório das esperanças infundadas,
incita-me um eco interior
para enfrentar a realidade
e depois adormeço.
José Alberto de Souza disse...
Conduz-me o sono letárgico
ao repositório das esperanças infundadas,
incita-me um eco interior
para enfrentar a realidade
e depois adormeço.
Caramba! Este comentário veio de muito longe, de muito
longe mesmo, de um mundo virtual que eu pensei que nem a internet chegaria lá!
Atravessamos a crua barreira do
espaço-tempo e imergimos na distante eternidade! O Mundo, o sub-mundo e o
Trans-mundo estão tão pequenos e próximos que o olho de uma formiga se
transmuta no colossal astro solar!
O Grande Ascenso
Ferreira com seu chapéu de palha e morto em 1965, disse... ( Acreditem, mesmo de lá de onde ele está, a poesia
existe! Pensei que O eterno em Cratheús era só a indignação da gente!)
Hora de comer — comer!
Hora de dormir — dormir!
Hora de vadiar — vadiar!
Hora de trabalhar?
— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!
Hora de dormir — dormir!
Hora de vadiar — vadiar!
Hora de trabalhar?
— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!
Hora de comer — comer!
ResponderExcluirHora de dormir — dormir!
Hora de vadiar — vadiar!
Hora de trabalhar?
— Pernas pro ar que ninguém é de ferro!