segunda-feira, 14 de outubro de 2013

LAVRADOR



No feitio da pele,
na chama da carne
e no lenho dos ossos
lavramos a vida...
Labor sem fim!
A enxada repousa
olvidada no canto
e nos ombros um enfado
infindo  prossegue...
Esgotou-se o ânimo,
debilitaram-se os braços,
esmaeceu-se o olhar para
roçar o limo  do chão!
E a terra nua, sequiosa, crua,
no lavor final  e supremo,
é que ara na pele da gente!

Raimundo Cândido


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