sábado, 19 de outubro de 2013

A Matriz



Vejo na luz difusa
um som do passado
vagueando no ar...
A Nave,
tal Arca de Noé,
fascina meu ser...
Ouço
os velhos reverendos
prostrados nas cruzes,
auteros, fervorosos
docemente afáveis:
a voz da inquietação,
o clamor de alerta,
e o brilho da ostentação!
Percebo,
no clarão dos vitrais
a iminente profecia
do capuchinho Vidal,
augure em iluminação,
divagando n’alma
inflamada no fogo
que arde no coração!


Raimundo Cândido

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. A fé constrói catedrais
      que nem o tempo consegue destruir
      para as preces serem elevadas
      rogando penitência
      ao Supremo Arquiteto d'Universo.

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